Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gardizani, Taiane Priscila [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183160
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Resumo: |
A paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença granulomatosa sistêmica, prevalente na América Latina, que tem por agentes etiológicos diferentes espécies de Paracoccidioides. Entre eles encontra-se o Paracoccidioides brasiliensis (P. brasiliensis), espécie composta por um complexo de agrupamentos geneticamente isolados, classificados como espécies filogenéticas: S1, PS2, PS3 e PS4. O P. brasiliensis possui distribuído pela parede fúngica e dentro de vesículas citoplasmáticas uma glicoproteína de 43KDa, a gp43. Esta molécula é considerada como o principal componente antigênico produzido e secretado pelo fungo, a qual é encontrada no soro de pacientes acometidos pela PCM e, está associada aos fatores de virulência e escape do patógeno. Sabendo disso, tornou-se extremamente importante a avaliação da interação dessa proteína com as células do sistema imune inato e sua consequente atuação sobre os mecanismos moduladores celulares. Assim, nosso estudo avaliou os neutrófilos polimorfonucleares (PMNs) que estão presentes em abundância desde o início e durante a infecção pelo Paracoccidioides, e que apresentam além de suas ações efetoras diretas contra o fungo, uma importante ação moduladora da resposta imune. Estas ações envolvem o reconhecimento do fungo por Receptores de Reconhecimento de Padrão (PRRs) que culminam em ativação celular com consequente produção e liberação de diferentes mediadores inflamatórios. Dessa maneira, o presente trabalho avaliou o envolvimento dos receptores celulares TLR2 e TLR4 no reconhecimento e na produção de citocinas e eicosanoides por PMNs humanos de indivíduos saudáveis estimulados com a gp43. As células foram inicialmente incubadas na presença ou ausência de anticorpos monoclonais anti-TLR2 e anti-TLR4, individualmente ou em conjunto, por 2h, a 37°C, em uma atmosfera de 5% CO2, para o bloqueio dos receptores. Em seguida, os PMNs foram estimulados ou não com a gp43 (20ng/ml) por 4h, nas mesmas condições anteriormente citadas. A expressão de TLR2 e TLR4 bem como a detecção intracitoplasmática de IL-17A e IL-4 foram feitas por citometria de fluxo. Já a concentração de PGE2, LTB4, IL-6, IL-10, IL-12, IFN-γ e TNF-α foi avaliada em sobrenadante de cultura por ELISA. Nossos resultados mostraram que a gp43 interage com TLR2 e TLR4, induzindo a liberação de PGE2, mediada por TLR2, e IL-17A, via TLR4. Tais dados corroboram a ação da gp43 como um importante fator de virulência do P. brasiliensis, uma vez que estimulou os PMNs a produzirem PGE2 e IL-17A, mediadores envolvidos na susceptibilidade do hospedeiro à infecção fúngica na PCM. |