Potencial de inibição da proliferação de linfócitos in vitro pelas celulas tronco mesenquimais caninas derivadas do tecido adiposo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Caetano, Diego Petrocino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238060
Resumo: A terapia com células-tronco mesenquimais (MSCs) tem se demonstrado uma biotecnologia promissora em medicina regenerativa, principalmente pelo seu potencial imunomodulador. Sua ação ocorre por diversos mecanismos, como secreção de fatores solúveis e interação direta entre células. Dentre as diversas interações, a redução da proliferação de linfócitos T é fundamental para controle de doenças autoimunes em geral. Dentre as formas de avaliar o potencial imunomodulador das MSCs in vitro, destaca-se o teste de reação mista de leucócitos (MLR), que avalia a inibição da proliferação de leucócitos, particularmente linfócitos. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o ciclo celular e o potencial de inibição da proliferação de linfócitos estimulados com concanavalina A, quando em co-cultura (em contato direto e indireto) com MSCs derivadas do tecido adiposo (AT-MSCs) canino e células monoclueares de sangue periférico (PBMC). Para tal, foram realizados testes MLR utilizando-se PBMCs provenientes de cães doadores clinicamente sadios obtidas por meio de gradiente de separação com Histopaque 1077, em co-cultura com AT-MSCs caninas (n=4). Foram realizadas culturas em duplicatas de PBMCs (10⁶ células por poço), PBMCs estimuladas com concanavalina A (10⁶ células + 5ug/mL de ConA), PBMCs estimuladas com concanavalina A em co-cultura direta com AT-MSCs (10⁶ PBMCs + 5ug/mL de ConA + 2x10⁵ AT-MSCs), e PBMCs estimuladas com concanavalina A em co-cultura indireta (membranas transwell) com AT-MSCs (10⁶ PBMCs + 5ug/mL de ConA + 2x10⁵ AT-MSCs). As placas foram mantidas em cultivo por 96h, sendo adicionado BrdU nas últimas 24h. Em seguida, as amostras dos cultivos foram incubadas com anticorpos anti-CD3 canino, anti-BrdU e 7-AAD para avaliação por citometria de fluxo. As AT-MSCs caninas em co-cultura com as PBMCs induziram a redução da fase proliferativa dos linfócitos CD3+, possivelmente deslocando-os para a fase G0/G1 do ciclo celular. A redução da fase proliferativa dos linfócitos CD3+ foi evidenciada tanto nas co-culturas de AT-MSCs e PBMCs com contato direto quanto indireto, indicando que os mecanismos de ação também dependem de mediadores químicos secretados no meio. Apesar de não observamos diferença estatística, houve tendência de inibição da proliferação de linfócitos CD3+ estimulados com concanavalina A quando em contato direto e indireto com as AT-MSCs. Nossos resultados indicam que as AT-MSCs caninas apresentam potencial imunomodulador. Novos estudos devem ser realizados para elucidar os mecanismos de ação imunomoduladores das AT-MSCs caninas sobre linfócitos.