Autoridade, autoritarismo e autonomia docente: representações de professores e alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Ravagnani, Maria Cecília Arantes Nogueira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101610
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo principal investigar as representações de autoridade, autonomia e autoritarismo de professores e alunos de 7 a 14 anos de duas escolas estaduais do interior paulista. Como referencial, partimos especialmente das concepções políticas de autoridade e autoritarismo de Hanna Arendt e das idéias de José Contreras, João Barroso e J. Gimeno Sacristán sobre autonomia docente. Aproximamos-nos, também, dos estudos psicogenéticos de Jean Piaget e Juan Delval, bem como da teoria das representações sociais de Serge Moscovici, para analisar as representações das noções estudadas. O instrumento compunha-se de sete histórias que relatavam situações fictícias de sala de aula envolvendo diferentes conflitos entre os personagens e em que estava em jogo ora a autoridade docente, ora o autoritarismo e ora a autonomia do professor. Empregando-se a entrevista e princípios do método clínico piagetiano, os depoimentos de alunos e professores foram analisados tendo em vista o estabelecimento de níveis de desenvolvimento das representações. Os resultados mostraram que as representações de autoridade, autoritarismo e autonomia docente de crianças e adolescentes se diferenciam conforme a idade. O mesmo não ocorre com os professores, embora seus depoimentos tenham mostrado a mesma seqüência de níveis, com características surpreendentemente semelhantes às dos alunos. Percebeu-se que as diferenças encontradas entre os dois grupos são devidas à posição e função ocupadas na comunidade escolar. Se os professores não conseguem perceber adequadamente as noções de autonomia e autoridade, como poderão exercer seu papel profissional em sala de aula e em seu espaço de trabalho? Concluiu-se que as políticas públicas educacionais podem não estar contribuindo para a formação profissional dos professores o que os torna despreparados para as adversidades da sala de aula.