Presença de retardantes de chama bromados em resíduos poliméricos de equipamentos eletroeletrônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Melo, Hansel David Burgos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242458
Resumo: Os retardantes de chama bromados (BFRs) são considerados Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) e representam um grupo de substâncias químicas orgânicas sintéticas resistentes ao processo natural de degradação físico-química e biológica. Desta forma, os BFRs, em especial os éteres de difenil polibromados (PBDEs) já foram proibidos em muitos países por suas propriedades perigosas à saúde e persistência ambiental. No Brasil, ainda são escassos os trabalhos estudando a presença desses contaminantes, em especial em resíduos eletroeletrônicos. Considerando a necessidade da implementação de uma economia circular no país, e a adequação das legislações existentes, o objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de retardantes de PBDEs em resíduos poliméricos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) na Região Metropolitana de Sorocaba, São Paulo – Brasil. Para isso, foram coletadas 159 amostras de REEE, e após extração adequada com diclorometano e foram feitas quantificações de PBDEs (BDE-28, -47, -99, -100, -153, -154, -183 e -209) por cromatografia gasosa e detecção por espectrometria de massas (CG/MS). Os resultados mostraram a presença de PBDEs em 149 amostras, das quais 18 amostras ultrapassam o Limite de Baixa Concentração de Poluentes Orgânicos Persistentes (LPCL) com concentrações maiores de 1.000 mg Kg-1 de PBDEs. O BDE-209 foi o mais abundante e o BDE-47 o presente em menor concentração. Principalmente, as amostras provenientes de TV CRT tiveram as concentrações maiores de PBDEs e o maior número de amostras que ultrapassaram o LPCL (11 amostras), seguido por aparelhos de som, TV LCD e por último, partes de computadores. Aproximadamente 549.064 t/ano de polímeros provenientes REEE foram gerados em 2020, dos quais pode se estimar que 12.810,49 toneladas representariam PBDEs, o que equivale a cerca de 2,3% (m/m). Desta forma, os resultados obtidos mostram a necessidade de um maior controle e monitoramento da presença desses contaminantes nos REEE antes de sua reciclagem e disposição final, visando uma economia circular e sustentável.