A contação de histórias como recurso facilitador do desenvolvimento do juízo moral de crianças da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Martins, Daniele Pavan [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136464
Resumo: A autonomia moral envolve a construção de valores por meio das relações interpessoais. Processo que se inicia na infância por meio da vivência de exemplos e situações cotidianas. O objetivo deste estudo foi verificar se um programa intencional e planejado com contação de histórias e reflexão coletiva pode contribuir para o desenvolvimento do juízo moral de crianças da pré-escola, tendo como objetivos específicos verificar como os juízos morais infantis são expressos durante as discussões das histórias contadas, e, desenvolver um instrumento de avaliação do juízo moral de crianças não alfabetizadas (produto final desta pesquisa). Fundamentado na Psicologia Genética de Jean Piaget a contação de histórias norteou este estudo. A metodologia adotada foi a da pesquisa-ação, na qual a pesquisadora atuou como observadora-participante. Participaram deste estudo 14 crianças de três a quatro anos de um Centro de Convivência Infantil de uma cidade de médio porte do interior paulista. Para a coleta de dados, foram elaboradas pares de histórias com gravuras que expressam a situação/dilema proposto. O instrumento proposto foi aplicado nas crianças participantes antes e depois de uma intervenção com 13 encontros, nos quais foram trabalhados os valores generosidade, amizade e justiça. Os resultados mostram que: as gravuras ajudaram as crianças a entenderem os dilemas e auxiliaram a emitirem as respostas; detectou-se a necessidade de adequação das histórias/dilemas para a idade das crianças entrevistadas que demonstraram entender efetivamente a proposta e o contexto das histórias, identificando o conflito moral e se posicionando sobre o mesmo; a intervenção possibilitou a elevação qualitativa do juízo moral das crianças e uma melhora na capacidade dialógica e participativa do grupo. Considera-se que o desenvolvimento moral pode ser estimulado desde a mais tenra idade por meio de um trabalho intencional envolvendo a contação de histórias e os valores morais.