O Testamento de Dona Balbina: um estudo de caso sobre escravidão e propriedade em Guarapuava (1851-1865)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Canavese, Filipe Germano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93360
Resumo: Este trabalho pretende investigar e explicitar os elementos que compuseram o contexto das relações sociais no período escravista. Partindo da experiência singular da concessão de terras e liberdades para um grupo de escravos de Guarapuava, Paraná, a pesquisa procura demonstrar através das trajetórias de senhores e cativos como se operou a dinâmica de controle inerente ao sistema escravista na região analisada. A concepção sobre a liberdade dos escravos no período do Império é composto das mais variadas formas. Relatos de viajantes estrangeiros, jornais, discursos políticos, literatura e cartas de alforria alimentam o tema com as mais variadas perspectivas. Permite, com isso, uma constante produção historiográfica sobre as disputas, confrontos e negociações envolvendo senhores e escravos. O caso em questão tem como contexto o Paraná do século XIX. Anos antes do fluxo migratório europeu se intensificar na região e em um contexto econômico pautado no uso do trabalho escravo para o desenvolvimento da pecuária, escravos foram libertados após a morte de sua proprietária. A vontade senhorial está registrada no testamento de Balbina Francisca Siqueira, falecida em 1865, sem deixar herdeiros diretos. Procura-se refazer a trajetória dos escravos do momento em que suas liberdades foram concedidas, em 1851, até a morte da proprietária, cotejando outras fontes como registros de casamentos e de batismos e inventários post-mortem de proprietários de terras e escravos da então vila de Guarapuava, na recém emancipada Província do Paraná