Aquisição do português como língua estrangeira: fenômenos de variações no âmbito fonológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Dutra, Alessandra [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103615
Resumo: Seguindo os pressupostos teóricos da Sociolingüística Laboviana, este trabalho propõe a análise de três fenômenos de variação fonética na aquisição do português como língua estrangeira por nativos americanos e espanhóis: i) o uso das vibrantes em início de palavra, como em roda [‘ d ] ~ [‘ d ] ~ [‘h d ]; em grupos consonantais, como em prova [‘p v ] ~ [p v ’] e em posição intervocálica em dois contextos: com a vibrante /r/, como carro [kah ] ~ [‘ka ] ~ [‘ka ], e com a vibrante / /, como faro [fa ] ~ [fa ] ~ [‘fah ]; ii) a palatalização das oclusivas [t] e [d] em palavras como dica [‘d k ] ~ [‘d k ] e tive [‘tiv ] ~ [‘t iv ] e iii) a vocalização da lateral [ ] em final de sílaba, e em meio e final de vocábulo, como nos exemplos sal [sa ] e salgado [sa ’ ad ]. Buscamos comparar a variação encontrada no português falado por americanos com a variação encontrada no português falado por nativos espanhóis e comprovar nossa hipótese de que as dificuldades que falantes de outras línguas enfrentam, ao aprender a língua portuguesa, apresentam-se como fenômenos naturais de variação e são condicionados por fatores lingüísticos e extralingüísticos. Chegamos a essa conclusão por meio de resultados obtidos em uma pesquisa anterior a esta elaborada para o Mestrado, feita com informantes americanos (Dutra, 2003). Desta feita, propusemo-nos comparar esses dados com a análise da fala dos informantes espanhóis, coletados já para o doutorado. Acreditamos que os fenômenos de variação decorrentes das dificuldades desses aprendizes se realizam com maior ou menor freqüência de acordo com fatores lingüísticos – contextos fônicos e estruturas da sílaba e do vocábulo – e extralingüísticos– idade e estilos de uso da linguagem. Por fim, procuramos refletir sobre a formação adequada do professor de português como língua estrangeira...