Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Luana Laurindo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217771
|
Resumo: |
Pseudomonas savastanoi pv. glycinea (Psg), agente causal do crestamento bacteriano, causa prejuízos severos à cultura da soja (Glycine max L.), e o conhecimento de seus nichos de sobrevivência é de elevada importância para o manejo eficiente da doença. Apesar de ser recorrente nas regiões produtoras de soja do Brasil, há poucas informações disponíveis sobre a ecologia de Psg. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram avaliar em condições de campo: I) a sobrevivência de Psg como células livres em quatro tipos de solo; II) a sobrevivência de Psg na filosfera e rizosfera de 12 espécies de plantas cultivadas utilizadas em rotação com a soja; e em condições de casa de vegetação: III) a colonização endofítica de plantas cultivadas por Psg. Para avaliar a sobrevivência no solo, dez experimentos foram realizados e, após a infestação, as avaliações foram realizadas a cada dois dias até a não recuperação de células viáveis da bactéria. Foram conduzidos três experimentos para avaliação da sobrevivência de Psg na filosfera e rizosfera de Avena sativa (aveia branca), Avena strigosa (aveia preta), Crotalaria juncea (crotalária), Glycine max (soja), Helianthus annuus (girassol), Hordeum vulgare (cevada), Lolium multiflorum (azevém), Phaseolus vulgaris (feijão comum), Raphanus sativus (nabo forrageiro), Sorghum bicolor (sorgo), Triticum aestivum (trigo) e Zea mays (milho), com avaliações a cada sete dias, por até 70 dias. Para a colonização endofítica, dois experimentos foram conduzidos com as mesmas espécies de plantas cultivadas, com dois métodos de inoculação de Psg, com e sem ferimentos nas plantas. As avaliações ocorreram a cada 14 dias, pelo máximo de 70 dias. O isolado Soj. 1462 de Psg, patogênico à soja, e resistente a 100 μg.mL-1 de rifampicina, foi utilizado em todos os experimentos, e os períodos de sobrevivência da bactéria foram confirmados por PCR com primers específicos. Nos solos, Psg apresentou uma baixa sobrevivência com períodos inferiores a dois dias, em todos os experimentos. Na filosfera, os maiores períodos de sobrevivência de Psg foram em soja (70 dias), e aveia branca, aveia preta, azevém, girassol e sorgo (35 dias). Na rizosfera, os maiores períodos de sobrevivência de Psg foram verificados para aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, milho, soja e trigo (28 dias). Para a colonização endofítica, em plantas com ferimentos, os maiores períodos médios de sobrevivência (PMS) foram verificados em soja (70 dias), aveia branca, aveia preta e azevém (63 dias), e sorgo (49 dias). Nas plantas inoculadas sem ferimentos, os maiores PMS foram em azevém e soja (70 dias), aveia branca e aveia preta (49 dias), e sorgo (42 dias). Com base nesses resultados, o solo não é um nicho favorável para a sobrevivência de Psg, assim como a rizosfera das plantas avaliadas. O cultivo de aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, girassol, milho, sorgo e trigo em rotação/sucessão à soja, em áreas com histórico de crestamento bacteriano não é recomendado. Nessas áreas, o indicado é o plantio de crotalária, feijão comum e nabo forrageiro para redução do inóculo bacteriano. |