Representações do poder em Walden e outros ensaios de Henry Thoreau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faustino, Suzy Meire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237521
Resumo: Trata-se de um estudo sobre símbolos, imagens e conceitos relacionados às dimensões dos poderes temporal e espiritual em Walden e A Desobediência Civil, do escritor e ensaísta americano Henry David Thoreau (1817-62). As motivações para a pesquisa devem-se a dois filósofos políticos: Benedict Anderson (1936 – 2015) e Eric Voegelin (1901 – 85), ambos tratam das questões relacionadas à representação do poder por meio de símbolos, assim como por meio da linguagem teórica, que gira em torno dos termos “poder temporal e poder espiritual”. Compõem ainda o pano de fundo teórico as obras de Guénon (s/d; 1995; 2001) e Eliade (1979). Não se trata de comparar as obras de Anderson e Voegelin com a de Thoreau, mas de – inspirando-se nos dois primeiros – buscar-se intersecções entre linguagem teórica e símbolo ou imagem nas obras do terceiro. Trata-se, portanto, de análise e interpretação das representações desses elementos que aparecem tanto simbólico-imagética quanto conceitualmente nas obras de Thoreau. A hipótese trabalhada neste estudo é a de que os dois poderes ou dimensões formam oposições nas obras de Thoreau, que aparecem ou sob a forma de símbolos ou imagens (centro, verticalidade/horizontalidade, caminhada, natureza edênica, sociedade corrupta, decaída), no caso de Walden; ou sob a forma de uma linguagem mais próxima da filosofia política. Esse é o caso d’A desobediência civil. Tais símbolos, sugere-se, dialogam com os conceitos de poder temporal e poder espiritual. Os estudos de Schneider (1995), Buell (1995), Marx (2000), Lane (1960), Cavell (1991), et al., compõem a fortuna crítica com a qual dialogar-se-á sobre a questão simbólico-imagética das obras de Thoreau. Enquanto as obras de Schneider (1995), Bennett (2009) e Turner (2009) serão de auxílio para o diálogo com as leituras de fundo teórico-político do autor.