Seleção de genótipos de arroz à Glyphepomis spinosa (Hemiptera: Pentatomidae) pelas categorias de resistência e associação do comportamento alimentar com Electrical Penetration Graph (EPG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Franciele Cristina da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215646
Resumo: A espécie Glyphepomis spinosa Campos & Grazia (Hemiptera: Pentatomidae) está presente nos cultivos de arroz irrigado e sequeiro. A resistência de plantas a insetos pode trazer contribuições significativas para o manejo da espécie. Os objetivos deste estudo, foram identificar genótipos de arroz resistente a G. spinosa, estabelecer uma metodologia de pesquisa em estudo de resistência de plantas a percevejos através da técnica do Electrical Penetration Graph (EPG) e caracterizar o comportamento alimentar em plantas de arroz com diferentes níveis de resistência. Quinze genótipos de arroz foram utilizados para avaliação de antixenose, antibiose e tolerância. Foram realizados testes com e sem chance de escolha para os ensaios de antixenose para alimentação e oviposição, complementando com mensuração de cor e dureza do colmo. Avaliou-se variáveis de desenvolvimento biológico e reprodutivo dos insetos nos ensaios de antibiose. No ensaio de tolerância avaliou-se os atributos morfológicos (número de folhas, altura, número de perfilhos, número de perfilhos atacados, número de perfilhos com “coração morto”, massa seca da parte aérea e massa seca do sistema radicular) das plantas previamente infestadas por um casal de percevejos e plantas sem infestação (testemunha), e propôs uma escala de nota de injúrias. Utilizando a técnica do EPG, avaliou-se três fases de desenvolvimento da espécie (fêmea adulta, macho adulto, ninfas de 5° instar e ninfas de 3° instar) para verificar qual a mais adequada para estudos com resistência de plantas. Com base nos resultados dos demais ensaios e histórico de resistência para outras espécies de insetos sugadores, foram selecionados quatro genótipos de arroz (Canela de Ferro, BRS Esmeralda, Primavera e Xingu), com diferentes níveis de resistência para estudar o comportamento alimentar de fêmeas de G. spinosa. Os genótipos menos atrativos pelo aos insetos e que possuem maior dureza de tecido foram Primavera, BRS Esmeralda, BRS Pepita, Canela de Ferro, Guarani e Nenenzinho e os genótipos menos preferidos para oviposição foram Canela de Ferro, BRS Esmeralda e Guarani. Os genótipos Canela de Ferro, Bacaba Branco, Bico Ganga, Nenenzinho, Miúdo Branco e Lageado Ligeiro afetaram negativamente o desenvolvimento dos insetos de G. spinosa. Os genótipos Bonança e Primavera possuem traços que evidenciam presença de tolerância. A fase de desenvolvimento que mais realiza sondagens são fêmeas, seguida pelos machos. Estudando o comportamento alimentar da espécie em genótipos com diferentes níveis de resistência foram verificados 6 tipos/subtipos de formas de ondas, semelhantes às verificadas para a espécie Tibraca limbativentris Stal (Hemiptera: Pentatomidae). A espécie utiliza duas estratégias para se alimentar dos colmos de arroz: bainha salivar e ruptura celular (laceração e maceração). O tempo de sondagem foi maior nos genótipos que possuem resistência e menor no genótipo suscetível, tendo alongado o tempo de primeira prova para os genótipos Canela de Ferro e BRS Esmeralda. Com os resultados obtidos neste estudo, espera-se contribuir para melhor entendimento dos mecanismos de defesa em arroz a insetos sugadores, além de melhor compreensão da relação inseto-hospedeiro, e fornecer recursos para desenvolver técnicas de controle satisfatórias, fornecendo metodologia específica para trabalhos futuros envolvendo resistência de plantas a percevejos e técnica do EPG, que poderão colaborar para o Manejo Integrado de Pragas na cultura do arroz.