Resumo: |
Arnaldo Antunes é músico, compositor e poeta brasileiro. Como músico, tornou-se famoso devido a sua participação no grupo de rock Titãs no início da década de 80, período em que também passa a publicar sua obra como poeta. Sua produção poética, que possui como suporte principal o livro, também é constituída por CD e DVD. No que se refere ao livro, é possível notar a existência de três estruturas textuais recorrentes, chamadas aqui de poesia versificada, poesia em prosa e poesia gráfico-visual. O poeta, por meio de tais poesias, empreende uma discussão acerca do fazer poético inserido na contemporaneidade, um fazer condicionado pelas mais diversas formas de produção tecnológica; e rediscute, também, a posição do indivíduo diante de um momento histórico que tende a subtraí-lo, a apagá-lo em prol de uma sociedade em massa. Propomos, portanto, a leitura e análise de alguns de seus textos presentes nos livros Ou E (1983), Psia (1986), Tudos (1990), As coisas (1992), Nome (1993), 2 ou + corpos no mesmo espaço (1997) e Palavra Desordem (2002) com o intuito de verificar o jogo estabelecido no interior do texto, que se dá por meio da fragmentação do signo e/ou sintagma disperso na folha em branco e/ou por meio do processo de nomeação, de associação e definição de vocábulos. Antunes constrói uma poesia que tende a evidenciar a dificuldade com que o signo e, conseqüentemente, o próprio indivíduo inserido na contemporaneidade têm de se materializarem num espaço tecnológico... |
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