Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Borsanelli, Ana Carolina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/148924
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Resumo: |
A periodontite bovina é um processo infeccioso purulento e progressivo associado com a presença de biofilme subgengival anaeróbio. De caráter sazonal e associada ao manejo do solo e à dieta, a doença tem variações na sua apresentação clínica, que inclui desde uma forma agressiva até manifestações crônicas. Os prejuízos econômicos são significativos e decorrem das dificuldades na preensão, mastigação e ruminação. O presente estudo teve como objetivo geral caracterizar a periodontite bovina e identificar por métodos moleculares os micro-organismos associados às lesões periodontais. Na avaliação da microbiota da bolsa periodontal (n=26) e do sulco subgengival (n=25) de bovinos, pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e com o emprego de 35 iniciadores de espécies de patógenos potenciais, pôde-se associar a ocorrência de Actinobacillus naeslundii, Enterococcus faecium, Porphyromonas asaccharolytica, Porphyromonas endodontalis, Prevotella buccae, Prevotella intermedia, Prevotella melaninogenica, Prevotella nigrescens, Prevotella oralis, Treponema denticola e Treponema pectinovorum com a periodontite bovina. Em estudo complementar realizado na Escócia para verificar a ocorrência de lesões periodontais em animais abatidos, foram examinadas 200 arcadas dentárias, das quais 24 (12%) apresentaram lesões periodontais nos dentes incisivos ou mastigatórios. Este estudo inédito revela que a periodontite não é incomum em bovinos abatidos no oeste da Escócia e é claramente um problema sanitário negligenciado na produção e bem-estar animal. Na oportunidade, os fatores de risco associados à doença foram avaliados em um universo de 250 animais abatidos, dos quais 35 apresentavam lesões periodontais e 40 eram periodontalmente sadios. Pela análise de regressão logística foi avaliada a associação entre as variáveis independentes, sexo, idade e raça com periodontite. A idade dos animais foi significativamente associada à presença de lesões periodontais. Para cada ano de idade, um bovino tem 1,53 vezes chances de desenvolver periodontite (p<0,001). A variável sexo não se mostrou significativamente associada à periodontite (p=0,887), enquanto os animais de corte têm 0,36 a chance de desenvolver a doença quando comparados com os de aptidão leiteira. Na mesma ocasião, amostras de biofilme subgengival de 40 bovinos com periodontite e de 38 periodontalmente sadios foram coletadas e realizou-se o sequenciamento do gene 16S rRNA. No microbioma de animais sadios os gêneros mais prevalentes foram Gastranaerophilus, Planifilus, Burkholderia e Arcobacter. Já nos animais com periodontite, os filos mais prevalentes foram Elusimicrobia, Synergista e Fusobacteria e os gêneros Propionivibrio, Wolinella, Porphyromonas, Candidatus, Prevotella, Firmicutes (não cultivável), Bacteroides e Treponema. Em conclusão, os dois grupos de bovinos avaliados abrigaram perfis microbianos distintos, sendo que as amostras de bovinos com periodontite foram mais diversas em micro-organismos do que as de bovinos sadios. Nesse contexto inédito na microbiologia oral de bovinos, pode-se constatar os componentes principais na homeostase bacteriana do biofilme de sítios sadios e a disbiose nas lesões periodontais, fornecendo indicadores para e evolução do conhecimento sobre a periodontite bovina. |