Estética do gosto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lunardelli, Tatiana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86989
Resumo: Esta dissertação analisa a gastronomia como objeto estético. Assim, considerando a mesma como um campo da estética, recorri da memória gustativa, de fotos de pratos desenvolvidos pelos chefs brasileiros Henrique Fogaça, Rafael Despirite e Helena Rizzo e da linguagem visual de cada um dos restaurantes para construir o que entendo por estética do gosto. Essa pesquisa fundamentou-se na concepção de que o belo não está presente no objeto em si, mas é uma construção do observador, ou do degustador: o fato sensível fundamental para a experiência estética é a vivência pessoal de cada um. A comida une o chef e o degustador através da estética do gosto, do despertar do paladar. Trata da arte de produzir sabores e da recepção desses e suas extensões. Quer pontuar aspectos do papel da alimentação, desde o achamento do Brasil e do desenrolar desse processo no ritual alimentar, que acompanha as mudanças comportamentais ocorridas principalmente na Europa e no Brasil: da necessidade ao requinte, até atingir um mundo de delícia, que chegou a ser aproximado dos pecados da gula e da luxúria. É feita uma narrativa histórica da alimentação desde a Antiguidade clássica até o início da Era moderna, e enfoca o Brasil, com seu sincretismo, e as influências primeiras dos portugueses, dos negros e dos índios, que compõem a nossa originalidade. A argumentação se funda no trabalho dos chefs nominados e na forma como desenvolvem sua linguagem. Do preparo dos ingredientes à apresentação dos pratos, até o ambien- te do restaurante. Considerou-se como ponto de partida a percepção para a apreciação de diversos aspectos dos pratos desses chefs, tais como cor, forma, textura, cheiro, gradações de calor que, aliados às evocações da memória – enfim, a experiência de quem prepara e de quem come – desencadeia o que se considera a estética do gosto