Considerações da teoria do desenvolvimento humano para a dimensão social do ISE BM&FBOVESPA: uma análise com painel de especialistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bataiola, Marcel Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143492
Resumo: A sustentabilidade hoje é uma pauta importante entre as políticas governamentais e programas regionais, tendo mais recentemente sido inserida no ambiente empresarial, se consolidando progressivamente no mercado de capitais. Nesse contexto, nas duas últimas décadas foram criados diversos índices de sustentabilidade empresarial com o intuito de avaliar o desempenho em sustentabilidade de empresas listadas nas bolsas de valores. Em 2005, a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) lançou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) o primeiro na América Latina. Esta pesquisa tem por objetivo analisar a dimensão social do ISE e identificar pontos de interface com a teoria de desenvolvimento humano de Amartya Sen, utilizando-se da abordagem das liberdades instrumentais num contexto microeconômico. Visando complementar e preencher lacunas existentes, a presente pesquisa irá se utilizar de uma abordagem qualitativa e não-financeira para analisar a dimensão social do índice de sustentabilidade empresarial da bolsa de valores brasileira. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram utilizados os métodos de pesquisa documental no questionário da dimensão social do ISE, painel de especialistas, que contou com a participação de cinco especialistas da área de sustentabilidade de diferentes tipos de organizações, e análise de conteúdo, que foi utilizada para sistematizar as informações coletadas. Os principais resultados obtidos indicaram que: (a) é possível e coerente aplicar a abordagem da teoria das liberdades individuais num contexto microeconômico; (b) índices de sustentabilidade empresarial demonstram claramente ganhos complementares aos ganhos financeiros; (c) um melhor desempenho na dimensão social proporciona alguns ganhos intangíveis para as empresas; (d) a importância da área de sustentabilidade nas empresas, bem como sua integração com as demais áreas envolvidas; e (e) as liberdades e stakeholders mais citados foram respectivamente: (i) garantias de transparência (33,3%), e liberdades políticas (30%); (ii) empresários (100%), funcionários (83%) e governo (67%). Os resultados obtidos nesta pesquisa permitiram uma série de análises sobre o ISE BM&FBOVESPA com foco na dimensão social, abrindo caminho para pesquisas futuras.