Ensino de Ciências nos anos Iniciais do ensino fundamental: a construção do conhecimento científico pelos alunos envolvendo o ciclo da água

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Tatiane Suéllen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/166353
Resumo: O presente estudo foi realizado com a premissa de que o ensino de Ciências é importante na formação da criança, por isso deve ser trabalhado desde o início da escolarização. Com um enfoque preponderantemente qualitativo, estruturou-se uma Sequência de Ensino Investigativa sobre o Ciclo da Água. As atividades foram desenvolvidas com alunos do 4º Ano de uma escola municipal de Agudos/SP e visavam responder a questão central da pesquisa: “como o trabalho com direcionamentos investigativos, juntamente com a utilização de experimentos em sala de aula podem auxiliar os alunos na construção de um conhecimento efetivo, partindo de um conhecimento empírico e chegando a um saber mais elaborado?”. A pesquisa dividiu-se em três momentos. No primeiro, as crianças responderam três questões relacionadas à formação das nuvens, chuva e Ciclo da Água, além de um desenho para o levantamento dos conhecimentos prévios. No segundo momento, houve discussões sobre o tema, com a realização de quatro experimentos: Presença de água nos seres vivos, Formação das nuvens, Ciclo da Água e Água salgada e doce. Consideramos três tipos de dados: registros escritos, desenhos e discussões orais. Após a realização de cada experimento, os alunos registraram por escrito os aprendizados adquiridos. Esses dados escritos foram analisados segundo três categorias criadas por nós (alunos não compreenderam os conceitos, alunos compreenderam parcialmente os conceitos e alunos compreenderam satisfatoriamente os conceitos). As discussões orais foram transcritas e a participação das crianças foram classificadas em 4 níveis de argumentação segundo Driver e Newton (1997). Os níveis vão da utilização de afirmações isoladas sem justificativas, passam por afirmações com justificativas, qualificadores e refutações até fazer julgamento integrando vários conceitos. Os dados analisados sugerem que o direcionamento investigativo possibilitou oportunidades de interação, levantamento de hipóteses, questionamentos, coleta de dados, registros, aprendizagens, opiniões, contestações de ideias, o que levou as crianças a níveis satisfatórios de argumentação e aprendizados mais próximos aos científicos. Por fim, no terceiro momento da pesquisa, as questões iniciais foram retomadas, e indicaram aprendizados relevantes relacionados ao tema estudado. Assim acredita-se que as discussões cientificas, no contexto escolar, possibilitam o envolvimento das crianças nos processos educativos, em que todos os aspectos tornam-se importantes: a escolha das atividades, direcionamentos, objetivos, planejamento, percurso da turma no estudo dos conteúdos e as intervenções que levam a conhecimentos específicos. Finalmente, a pesquisa apresentou algumas sugestões visando aprofundamento, sinalizando a necessidade de repensarmos o currículo de Ciências, a compreensão da dialogia como elemento fundamental na construção do conhecimento, e a necessária discussão acerca da interdisciplinaridade e Alfabetização Científica.