Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Viégas, Lucas Bertacini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251597
|
Resumo: |
A produção de mudas de seringueira com a utilização de sacos plásticos é um método rústico, de baixo rendimento operacional, ademais, é usado solo como substrato, o qual não possui controle fitossanitário, resultando na susceptibilidade das plantas a pragas e doenças. Diante disso, no Estado de São Paulo, a Resolução da Secretaria de Agricultura e Abastecimento – 23 de 26 de junho de 2015 estabeleceu as normas para formação de mudas em viveiros suspensos e com insumos isentos de patógenos. Neste contexto, o objetivo foi: i) verificar se substratos e lâminas de irrigação afetam o desenvolvimento de porta-enxertos de seringueira; ii) avaliar a viabilidade econômico-financeira da produção de porta-enxertos de seringueira em diferentes substratos e lâminas de irrigação, sob condições de risco e incerteza, por meio da Simulação de Monte Carlo. Para o desenvolvimento do experimento utilizou-se porta-enxertos de Hevea brasiliensis (clone GT1) em tubetes (800 cm3) e irrigação por gotejamento, que foram instalados em canteiros suspensos no Viveiro de Pesquisas de Mudas Florestais da UNESP-Botucatu. Foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso, dispostos no esquema fatorial 3x4, correspondendo a três tipos de substratos (à base de Fibra, Pinus e Turfa) e quatro lâminas brutas de irrigação (8; 11; 14 e 17 mm); com cinco repetições (bandejas) compostas por 12 mudas, totalizando 60 mudas por tratamento. Foram avaliadas as seguintes variáveis: análise física dos substratos, análise química e volume do lixiviado, altura, diâmetro do colo, diâmetro a 5 cm do colo, massa seca (aérea, radicular e total), porcentagem do sucesso da enxertia, taxa de assimilação de CO2, condutância estomática, concentração interna de CO2 na folha e taxa de transpiração, eficiência de carboxilação, eficiência do uso de água, potencial hídrico foliar, índice de cor verde nas folhas e quantidade de nutrientes. A análise econômica contemplou o custo do milheiro das mudas produzidas por meio do método de custeio por absorção, que consiste na apropriação dos componentes de custos fixos e variáveis. A avaliação dos projetos de investimentos (tratamentos) foi realizada a partir de premissas necessárias para a elaboração dos fluxos de caixa, que permitiram a incorporação da análise de risco aos projetos de investimento financeiro. Para as técnicas quantitativas de análise econômico-financeira foram consideradas a variação do dinheiro no tempo, por serem as mais aplicadas em análises de investimento. Para o diâmetro de enxertia a 5 cm do colo foi maior ao usar os substratos Fibra e Pinus em 17 mm diários, e no substrato Turfa não houve influência. Dentre os três substratos, no Fibra foi maior nas lâminas 11; 14 e 17 mm. A enxertia foi afetada somente pela lâmina de irrigação e necessita de mais estudos visando incrementar os atuais valores obtidos. As variáveis condutância estomática, taxa de assimilação líquida de CO2, índice SPAD e as quantidades de K, Ca e Mn apresentaram interação entre lâminas de irrigação e substratos. Os projetos de investimento destinados a produção de porta-enxertos em canteiros suspensos conforme estabelecido pela Resolução SAA 23/2015 foram economicamente viáveis e com risco aceitável. Conclui-se que para a obtenção de porta-enxertos de seringueira de qualidade deve-se adotar um manejo hídrico adequado de acordo com as propriedades físicas dos substratos e, o sistema de produção em canteiros suspensos é economicamente viável. |