Estudo da dieta do Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) e Ocyrus chrysurus (Bloch, 1791), teleostei :perciformes: lutjanidae, no banco dos abrolhos, Bahia, Brasil e pesca das principais espécies de lutjanídeos e serranídeos na região

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fonseca, Juliana Fernandes da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99582
Resumo: Um dos fatores mais importantes para o sucesso no estabelecimento das póslarvas e para a sobrevivência e sucesso reprodutivo de peixes juvenis e adultos é a abundância e disponibilidade de alimento. Apesar de existirem informações sobre a dieta de Lutjanus synagris e Ocyurus chrysurus no Caribe e no Ceará, não existem dados sobre a dieta dessas espécies no Banco dos Abrolhos que representa um dos mais ricos complexos recifais de todo Atlântico sul. O material foi obtido a partir de desembarques pesqueiros nos portos de Caravelas, Prado e Alcobaça (Bahia), entre maio de 2005 e junho de 2006, no âmbito de um programa de amostragem biológica de peixes recifais ameaçados e/ou comercialmente importantes em Abrolhos. Foram analisados 1129 estômagos; o ariocó consumiu principalmente crustáceos (com predominância de carídeos e braquiúros) e em menor quantidade peixes, e a guaiúba se alimentou principalmente de crustáceos planctônicos e de peixes. Diferenças na dieta foram observadas de acordo com as fases de crescimento das espécies. Durante o ciclo anual a dieta do ariocó não variou e a da guaiúba apresentou maior diferença na estação do inverno. O consumo de determinadas presas variou entre dois pontos de coleta, devido a disponibilidade e a abundância dos organismos em cada local. A dieta dos machos e das fêmeas de ambas as espécies foram semelhantes, e a mudança da dieta durante o período reprodutivo relacionou-se ao tamanho dos indivíduos e não ao sexo. Os lutjanídeos e serranídeos representam o principal pescado da região, sendo que, o ariocó e a guaiúba são as espécies mais capturadas e medidas de gerenciamento pesqueiro são necessárias para o uso e conservação dos mesmos.