Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Karla Cristina Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/166155
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Resumo: |
Desde os primeiros estudos acerca do sofrimento psíquico infantil, muitas questões vêm ocorrendo, principalmente de ordem econômica e social, o que também acarreta transformações na formação do universo simbólico das crianças. Partimos da hipótese de que as mudanças no cenário externo reverberam na formação subjetiva dos indivíduos, pois, sendo seres biopsicossociais, têm o atravessamento da cultura como marca intrínseca. Sendo assim, o objetivo principal desta tese é lançar um olhar para as manifestações do sofrimento psíquico infantil na atualidade, a partir da escuta do discurso das famílias que buscam atendimento no contexto da saúde pública, num ambulatório de saúde mental infantil do interior do estado de São Paulo. Para tanto, foi utilizado como método de coleta de dados, a entrevista conjunta e para a escrita das histórias, as narrativas psicanaliticamente orientadas. Compreendemos assim que as mudanças nas estruturas familiares que, atualmente vivenciam a realidade da formação monoparental feminina assim como a fragilização da figura paterna modificam o ambiente da criança em duplo sentido, pois a relação entre mundo interno e externo encontra falhas primordiais e repetidas para a construção do si mesmo e da continuidade do ser. Assim, refletimos sobre as condições destas famílias em ancorarem o desenvolvimento psíquico destas crianças. Concomitante a isso, há um cenário em que a medicação e a psiquiatria tradicional estão fortemente estabelecidas, fazendo com que a escuta psicanalítica surja como uma importante ferramenta de trabalho para compreender o sintoma para além da descrição nosológica, mas como caminho que aponta para um tipo de existência sofrimento. Esta discussão tornou-se um importante termômetro para reflexão acerca da contemporaneidade enquanto ambiente no qual as crianças realizam suas trocas simbólicas. Esperamos com isso contribuir para o debate sobre psicanálise infantil e também para discussões a respeito da vida social. |