Jean Cointa, o senhor de Bolés e a polêmica proveniente da França Antártica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Jorge Luiz de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183222
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a trajetória de Jean Cointa, o João de Bolés da América Portuguesa, desde sua vinda da França aos seus dias finais possíveis de se averiguar, e por ele, entender o projeto França Antártica, a colonização do Rio de Janeiro, a disputa e extensão entre os protestantes e católicos franceses e as ações da Inquisição que envolveram Bolés nas suas teias. Nesse período, meados do século XVI, a Europa se encontrava em luta religiosa contra a reforma proposta por Martinho Lutero. Tal questão, junto aos contatos que sustentaram a confiança da empresa, propiciaram a formalização do projeto França Antártica na ilha da Guanabara - nomeada pelos franceses como forte Coligny. O estudo da sua trajetória e seu biografismo é uma oportunidade de discutir sobre suas relações com a narrativa e a escrita da história. As mentalidades que instigaram as posições sobre a fé e as querelas religiosas entre os huguenotes, os colonos portugueses e jesuítas, os modos de se registrar o nome de Jean Cointa, que teve sua história por vezes escrita com dados fragmentarizados e tendenciosos esteriótipos, e por isso, com informações imprecisas e sem nexo nas narrativas, é uma oportunidade de analisar e discutir a historiografia relativa a Bolés, a França Antártica, a colonização do Rio de Janeiro e a atuação da Inquisição na América Portuguesa a partir de crônicas, cartas, dados das narrativas bibliográficas e dos depoimentos registrados no seu próprio processo inquisitorial.