Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Frick, Loriane Trombini [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136467
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Resumo: |
A presente tese foi desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, encontra-se vinculada à linha de pesquisa “Processos Formativos, Diferenças e Valores” e contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo - FAPESP e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES com bolsa de "Doutorado Sanduíche no Exterior – PSDE". Teve como objetos de análise as ações de prevenção e contenção do bullying propostas por pesquisadores e pelas instâncias governamentais, no Brasil e na Espanha. Os objetivos do trabalho foram, além de investigar as propostas de prevenção e contenção para o bullying encontradas nesses países, analisá-las e investigar as proximidades e distanciamentos entre elas. Procurou-se refletir, também, sobre as possibilidades de adequação das proposições antibullying da Espanha ao Brasil. Constitui-se num estudo descritivo e exploratório de caráter qualitativo e teve como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e a análise documental. A literatura analisada consistiu-se de teses, dissertações e artigos nos dois países (do Brasil: três teses, 17 dissertações e seis artigos; da Espanha: 21 artigos) e nela descrevemos e analisamos o desenvolvimento de estratégias antibullying de vários tipos e alcances. As sugestões da literatura brasileira são mais relacionadas à promoção de ações de informação, sensibilização e conscientização que incidem nas relações interpessoais de modo mais amplo, como fomentar a vida democrática, a cooperação, as relações de amizade e o apoio no ambiente escolar. Também se referem à criação de regras e à capacitação profissional. A ênfase da literatura espanhola se apresentou no desenvolvimento de ações que promovam aspectos como: a melhora das relações interpessoais, enfatizando os sistemas de apoio entre os alunos; o desenvolvimento emocional e a autoestima; o ensino de valores sociomorais, via desenvolvimento de habilidades sociais e desenvolvimento moral; a capacitação docente e das famílias. As estratégias governamentais brasileiras identificadas foram relacionadas à legislação antibullying aprovada em 19 estados e nenhuma em âmbito nacional e às ações desenvolvidas pelas Secretarias Estaduais de Educação, sendo que duas destas possuíam projeto antibullying específico, quatro tinham projeto de prevenção à violência escolar que incluía o bullying e em 17 destas encontramos ações isoladas; nenhuma ação do Ministério da Educação. As estratégias governamentais espanholas identificadas foram relacionadas às normativas que faziam menção à prevenção ou à contenção ao bullying aprovadas nas 17 Comunidades Autônomas e em nível estatal; iniciativas do Ministerio de Educación, Cultura y Deporte; ações de prevenção e contenção ao bullying das Consejerías de Educación das 17 Comunidades Autônomas. Nos dois países, realizamos visitas em escolas (5 na Espanha e 2 no Brasil) que desenvolviam projetos antibullying. Consideramos que a Espanha tem percorrido um caminho maior que o Brasil, em termos de atenção ao bullying pelas políticas educacionais, promovendo o desenvolvimento de ações antibullying dentro de uma perspectiva de melhora da convivência, por meio de planos de atuação institucionalizados, apostando nos sistemas de apoio, como a ajuda e a mediação entre iguais. São poucas administrações educativas brasileiras - secretarias de educação - que têm projetos e que se baseiam na literatura científica para dar sugestões de ações para as escolas. Evidenciamos que as políticas públicas brasileiras precisam investir na formação inicial e continuada dos professores, além da institucionalização de espaços e tempos nas escolas para o planejamento, avaliação, execução e acompanhamento das ações antibullying. |