Disputas hegemônicas, imperialismo e intervenções no século XXI: as eleições presidenciais na Bolívia em 2019 e a atuação da Organização dos Estados Americanos (OEA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Berdú, Guilherme Paul
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251210
Resumo: O objetivo neste trabalho é apresentar de que forma as disputas hegemônicas se manifestam no século XXI, e as diferentes táticas utilizadas para intervir na região latino-americana no interior de uma mesma estratégia: ampliar a hegemonia dos Estados Unidos da América (EUA) na América Latina. Enfatizaremos sobretudo as táticas de intervenção que promovam desestabilização e rupturas de regimes, tendo como exemplo a ser estudado as eleições presidenciais bolivianas em 2019. Na ocasião, a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um relatório indicando dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral, e mesmo com o comprometimento do presidente reeleito, Evo Morales, em realizar um novo pleito, as Forças Armadas, após distúrbios urbanos violentos, sugeriram que o presidente renunciasse ao cargo. Para tal, como método, realizamos um levantamento histórico, uma revisão teórica-conceitual, análise documental, e compilamos uma hemeroteca para apresentar as eleições presidenciais da Bolívia em 2019. Para compreender o papel exercido pela OEA, selecionamos o informe preliminar, divulgado no dia 23 de outubro de 2019, e o informe final de análise de integridade eleitoral, divulgado em 4 dezembro do mesmo ano. O trabalho apresenta o amplo leque de táticas à disposição do centro global em sua disputa pela hegemonia, revisa as eleições presidenciais bolivianas e a trajetória de Morales até o pleito de 2019, e conclui com a descrição das táticas de intervenção presentes no impedimento da posse do presidente reeleito, no qual destacam-se o papel da OEA, das FA e das elites locais.