Políticas de ações afirmativas: narrativas de estudantes indígenas da UFSCar sobre acesso/permanência em cursos superiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Lucas de Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251450
Resumo: Estrutura-se, nesta dissertação, uma pesquisa de mestrado que se apoiou na pesquisa narrativa para analisar percepções de estudantes indígenas da UFSCar – Campus São Carlos, acerca do acesso e permanência em cursos de graduação presenciais da área de Enfermagem, Medicina e Psicologia. Trata-se de uma investigação vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras – FCLAr – da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" – UNESP, linha de pesquisa "Política e Gestão Educacional". O referencial teórico discute estudos do campo das Políticas de Ações Afirmativas, Relações Étnico-Raciais, com destaques para a presença do indígena no Ensino Superior. Em termos metodológicos, seguindo os pressupostos qualitativos, inspirou-se na narrativa como fonte de produção de dados. Fazer "ecoar" as vozes dos indígenas sobre as vivências nos cursos em que são regularmente matriculados em relação aos processos formativos da inclusão no Ensino Superior no sentido global é pertinente, o que foi possível com base no método da entrevista narrativa. Face a produção do conhecimento da área, com o presente estudo, a perspectiva é contribuir com os trabalhos de temática semelhante ao abordar a narrativa daqueles que vivenciam os espaços-tempos das relações sociais, políticas e humanas no contexto universitário. Os resultados evidenciaram que: 1) o ingresso no instituição ocorreu, no caso investigado, prioritariamente pelo Vestibular Indígena, e os estudantes sentiram-se acolhidos pela instituição a partir das ações tanto da Pró-Reitoria de Graduação quanto da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE); 2) Houve impacto dos estereótipos étnicos em sala de aula, a partir da interação com colegas dos cursos e estigmas de professores; 3) Na visão deles, alguns professores não estão "preparados" para pensar ações interculturais na aulas, o que dificultou a adaptação nos primeiros anos; e 4) Apesar dos processos destacados, todos os indígenas entrevistados reforçam a importância da UFSCar e das políticas de permanência e seus impactos em suas vidas.