Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cattelan, Márcia Denise Pavanelo |
Orientador(a): |
Piccoli, Jacqueline da Costa Escobar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/1728
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Resumo: |
A população rural corresponde a 15% da população brasileira, e distribui-se em aglomerados agrícolas bastante diversificados quanto a fatores como perfil de colonização, escolaridade, condições socioeconômicas e práticas de trabalho. A agricultura familiar representa 80% desta população e é caracterizada pela mão de obra familiar e por uma produção para o próprio sustento, bem como para abastecimento de hortifrutigranjeiros, carne e grãos para o mercado interno. A exposição ocupacional dos pequenos agricultores aos agrotóxicos pode ocorrer de diversas formas, podendo ocasionar risco de saúde para esta população. Assim, avaliar as condições de saúde desta parcela da população e buscar possíveis marcadores de risco de saúde para a exposição aos agrotóxicos torna-se importante e necessária para adaptação de programas de saúde efetivos para estes aglomerados agrícolas. Foram visitadas nove localidades no interior do município de Santiago/RS. Participaram do estudo 152 agricultores, com média de idade de 52 anos que responderam ao questionário e realizaram avaliações antropométricas, de pressão arterial e condição psicobiológica. Realizaram coleta de sangue em jejum para determinação do perfil bioquímico, hematológico, marcadores de estresse oxidativo e mutagenicidade. Fatores como sexo, número de módulos rurais, escolaridade e condições de trabalho influenciaram nos resultados obtidos. A amostra foi dividida segundo o relato na entrevista, em dois grupos: voluntários que usam produtos químicos e agrotóxicos (n=84), e voluntários que não usam agrotóxicos (n=68). O grupo que usa agrotóxico apresentou valores significativamente maiores para medida da circunferência do pescoço, e para os marcadores de estresse oxidativo TBARS e Carbonil. Este mesmo grupo apresentou redução significativa nas dosagens de colesterol total, fosfatase alcalina, albumina, leucócitos totais, monócitos e plaquetas, além de redução significativa para as enzimas antioxidantes SOD, GPx e GSH. Segundo a avaliação de micronúcleos, não há dano mutagênico para este grupo de agricultores. Os diversos parâmetros que apresentaram alterações significativas para o grupo que usa agrotóxico necessitam de pesquisas mais aprofundadas que avaliem estes possíveis biomarcadores de exposição ocupacional. A avaliação dos índices de doenças crônicas como hipertensão, dislipidemias, diabetes e depressão indicam a necessidade de programas de saúde adaptados a esta importante parcela da população brasileira. |