Desenvolvimento, caracterização físico-química, estudo da liberação in vitro e avaliação da fotoestabilidade de nanopartículas contendo dapsona e óleo de arroz bruto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Freitas, Gaya Mengue
Orientador(a): Colomé, Letícia Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/527
Resumo: A dapsona é uma sulfona com atividade antibiótica utilizada para doenças crônicas de pele como a psoríase, contudo seu uso pela via oral apresenta elevada incidência de eventos adversos. Uma abordagem para reduzir os efeitos colaterais é a aplicação da dapsona diretamente na área afetada, o que pode ser feito com a utilização de nanocápsulas (NC), visando aumentar a permeabilidade do fármaco na pele. Dentre os componentes que podem ser utilizados como núcleo oleoso de NC, está o óleo de arroz (Oryza sativa), devido a suas propriedades hidratantes, umectantes, antioxidantes e de proteção à radiação UV. Desta maneira, este trabalho teve por objetivo desenvolver e caracterizar NC de dapsona com diferentes polímeros - poli-ε-caprolactona (NC-P) e Eudragit® RS100 (NC-E) - utilizando diferentes quantidades de óleo de arroz e fármaco. As NC apresentaram pH levemente ácido, diâmetro de partícula inferior a 334 nm, distribuição granulométrica estreita, potencial zeta negativo (-9,9 a -33,7 mV) e eficiência de encapsulação superior a 83%. O estudo da liberação in vitro, realizado em sacos de diálise, demonstrou que as NC foram eficientes em controlar a liberação da dapsona, sendo o modelo monoexponencial o mais adequado para descrever os perfis de liberação. A nanoencapsulação diminuiu a degradação fotolítica da dapsona frente à luz UVA, obtendo-se percentuais de fármaco residual de 80,6%; 91,9% e 1,4% para NC-P1, NC-E e fármaco livre, respectivamente. Além disso, hidrogéis preparados com NC-P1 (HG-NCP1) e NC-E (HG-NCE) apresentaram pH adequado para aplicação cutânea, teor próximos a 100% e comportamento não-newtoniano pseudoplástico (HG-NCE) e plástico (HG-NCP1). Na avaliação da oclusão in vitro, observou-se que o HG-NCP1 aumentou consideravelmente a oclusão quando comparado ao HG-NCE e ao hidrogel contendo fármaco livre. Assim, estas formulações apresentam-se como sistemas promissores para aplicação cutânea de dapsona, com potencial para constituir-se em um tratamento tópico eficaz para a psoríase.