Efeito do treinamento físico aeróbico e da suplementação com cafeína sobre parâmetros bioquímicos e cognitivos em ratos com síndrome metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Hernandez, Mariele da Silva lattes
Orientador(a): Rambo, Leonardo Magno lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em Bioquímica
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5349
Resumo: A Síndrome Metabólica é um distúrbio, que ao longo dos anos, vem crescendo na população mundial. Pouco se sabe sobre sua fisiopatologia, no entanto acredita-se que a mudança de hábitos e a mudança na alimentação diária tenham um impacto sobre o aumento desta doença. Sendo assim, a busca por tratamentos não medicamentosos e de baixo custo tem sido uma alternativa para o seu tratamento. Neste sentido, o objetivo deste estudo é investigar o efeito do treinamento aeróbico de natação e da suplementação com cafeína sobre parâmetros neuroquímicos e cognitivos de ratos previamente tratados com frutose. Para avaliar o efeito do treinamento e da suplementação com cafeína foram necessários 8 grupos para contemplar todas as variáveis, o tempo do experimento foi de 10 semanas, o treinamento físico durou 6 semanas, onde a cafeína era administrada após os dias de treinamento. Nossos resultados mostram que os animais tratados com frutose ingerem menos comida, bebem mais água, mas ingeriram mais caloria durante todo o experimento, no que se refere às análises antropométricas foram observados que o consumo de frutose aumentou a gordura visceral, no entanto não apresentou aumento no peso corporal e do músculo sóleo, já os animais treinados tiveram o aumento no peso do músculo e diminuição do peso corporal e gordura visceral e a suplementação de cafeína foi capaz de diminuir o ganho da massa de gordura visceral. Na depuração de glicose foi possível observar que o treinamento e a suplementação de cafeína puderam reverter o efeito da frutose diminuindo a depuração de glicose ao longo do tempo, no perfil lipídico da mesma forma, o fator de treinamento físico foi capaz de reverter o efeito da frutose diminuindo o colesterol total, HDL e triglicerídeos, mas não nos níveis de LDL. A análise estatística mostrou que a administração de frutose por 10 semanas prejudicou a memória de curto prazo e memória espacial, mas não a memória de longo prazo, no entanto o treinamento físico melhorou a memória de curto prazo, longo prazo e espacial e pode reverter o efeito da frutose na memória de curto prazo. A administração de frutose induziu os ratos a passar mais tempo em braços fechados na tarefa de labirinto em cruz elevada, o que nos leva a crer que estes animais estavam mais ansiosos. O treinamento físico diminuiu o tempo gasto nos braços fechados e reverteu o efeito da frutose no tempo gasto nos braços fechados e por fim o treinamento físico aumentou os níveis de NRF2 em comparação com animais sedentários. Dessa forma, foi possível concluir que o alto consumo de frutose desenvolve desordens metabólicas como: o aumento de gordura visceral, aumento nos níveis lipídicos, diminuição na depuração da glicose e que além disso, gera danos cognitivos prejudicando a memória e causando ansiedade. Por outro lado o treinamento físico e a cafeína puderam reverter boa parte dos danos causados pela frutose, sendo assim, pode-se considerar o treinamento físico e a ingestão de cafeína como uma terapia alternativa e não medicamentosa para auxiliar na diminuição dos fatores de risco associados à síndrome metabólica.