O ensino de química na perspectiva inclusiva : estratégias de ensinagem aplicadas em uma turma com estudante autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, Thainá Pedroso
Orientador(a): Martins, Claudete da Silva Lima
Banca de defesa: Martins, Claudete da Silva Lima, Brizolla, Francéli, Bica, Alessandro Carvalho, Rodriguez, Rita de Cassia Morem, Lindemann, Renata Hernandez
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ensino
Departamento: Campus Bagé
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5608
Resumo: O Ensino de Química possui como finalidade o preparo do educando para a cidadania. Ensinar Química significa desenvolver no estudante a capacidade de participar criticamente das questões da sociedade em que está inserido (SANTOS e SCHETZLER, 1996). Presenciamos a Química o tempo todo durante nosso cotidiano; por isso, devemos ensinar Química para formar cidadãos e, isso envolve a necessidade de conscientizar os educandos que a Química é uma ciência em construção e que possui um caráter investigativo. Por se tratar de uma ciência que exige muita abstração, é importante que o professor utilize de diferentes metodologias que permitam efetivar o processo de ensino-aprendizagem. A escola recebe, todos os dias, crianças e adolescente com as mais variadas deficiências e, estar na escola comum e receber uma educação de qualidade é direito de todos, garantido por leis. Pensando nisso, e embasados nos estudos de Anastasiou e Alves (2010), conjecturamos nas estratégias de ensinagem uma possibilidade de tornar o ensino-aprendizagem de Química efetivo para todos. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem como objetivo investigar as barreiras no ensino de Química em uma turma que possui estudante autista, analisando e propondo estratégias de ensinagem para o ensino de Química. A pesquisa foi organizada como uma pesquisa-ação por envolver a própria prática da autora e, seguir as etapas propostas por Dionne (2007). A pesquisa ocorreu no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense – Campus Bagé/RS, local onde a autora atua como docente de Química e os dados foram produzidos em uma turma composta por 30 estudantes, sendo que um deles apresenta o TEA – Síndrome de Asperger. A pesquisa iniciou em março de 2019 e o término ocorreu em agosto de 2020. Constituem sujeitos da pesquisa, a pesquisadora, a turma, o estudante autista e a equipe pedagógica do IFSul. Fizemos uso do diário de campo, entrevistas não estruturadas e questionários para a produção dos dados que foram analisados seguindo os pressupostos da análise de conteúdo (BARDIN, 1979). Os temas que foram discutidos dentro desta pesquisa contemplam as temáticas do ensino de Química, a compreensão do TEA – Síndrome de Asperger, Educação Inclusiva, remoção de barreiras à aprendizagem e à participação e de como entendemos que as estratégias de ensinagem proposta por Anastasiou e Alves (2010), podem contribuir para a aprendizagem de estudantes autistas. A partir dessa pesquisa, foi 10 possível perceber que as estratégias de ensinagem Philips 66 e Estudo Dirigido contribuíram para a superação de barreiras pedagógicas, estratégias de ensinagem Situação Problema não contribuiu para a superação de barreiras pedagógicas devido a sua dinâmica de aplicação e que as estratégias de ensinagem Aula Expositiva Dialogada e Júri Simulado, também não contribuíram para a superação de barreiras pedagógicas, mas isso pela necessidade de um currículo acessível. Mesmo que as barreiras não tenham sido superadas em todas as estratégias de ensinagem, elas contribuíram para a motivação dos estudantes em estudar química, além de proporcionar o envolvimento e garantir a participação do estudante autista nas aulas de Química.