Perfis hematológico, bioquímico, oxidativo e morfológico de cavalos crioulos em provas de laço comprido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Andrielli Trentim lattes
Orientador(a): Pozzobon, Ricardo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ciência Animal
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5529
Resumo: O cavalo Crioulo é uma das principais raças utilizadas no Sul do Brasil e uma das provas equestres mais praticadas é o rodeio de laço comprido. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a prova de laço comprido, o perfil dos animais participantes, o impacto que o tipo de exercício provoca no perfil hematológico, bioquímico e oxidativo dos cavalos Crioulos participantes e determinar a presença ou não de lesões a nível celular decorrentes do tipo de exercício que praticam. Para isto, foram selecionados aleatoriamente animais participantes de provas de dois dias. No cadastro dos equinos (n=49) foi feita a aferição da massa e escore corporal e coletadas as medidas hipométricas de cada animal, além de informações sobre o manejo de criação, alimentação e treinamento, bem como a massa do cavaleiro e da sela. Para caracterizar a prova foi medido o comprimento e a profundidade de 11 pistas e o tempo de cada corrida feita por cada equino (n=41) foi cronometrado. Nos momentos: 24 horas anteriores ao início da prova (T0), após a última corrida do último dia de prova (T1) e 18 a 24 horas após o final da prova (T18), foram aferidas as frequências cardíaca e respiratória dos equinos (n=27) e a temperatura ambiente, ainda, nos mesmos momentos foram coletadas amostras sanguíneas. Foram avaliados o perfil hematológico (n=19) através de hemograma completo, o perfil bioquímico (n=28) através de proteínas totais (PT), albumina, globulina, fósforo (P), sódio (Na+), potássio (K+), aspartato aminotransferase (AST), creatinoquinase (CK), lactato, ureia, creatinina, glicose, triglicerídeos e colesterol e o perfil oxidativo (n=20) através das análises de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), espécies reativas ao oxigênio (ROS), ácido úrico e catalase (CAT). Foi realizada a análise estatística dos dados através de uma análise de variância (ANOVA) associada ao teste de comparação múltipla Tukey, considerando-se significativo para P ≤ 0,05. Os dados hipométricos dos animais avaliados se mostraram favoráveis em relação ao tipo de exercício praticado, bem como os equinos avaliados apresentaram um escore corporal maior que atletas de outras raças e modalidades e têm um manejo de criação que se assemelha ao natural e uma alimentação composta por volumoso e concentrado. Ainda, mesmo sem um manejo de treinamento padronizado, os animais apresentam aptidão para o tipo de prova avaliada, na qual são bastante exigidos em exercícios de alta intensidade e curta duração em uma velocidade média de 6,4 m/s que pode variar conforme a velocidade do bovino, carregando sobre seu dorso 25,6 % da sua massa corporal. O exercício induziu alterações fisiológicas nas frequências cardíacas e respiratórias e ainda um aumento (P ≤ 0,05) de CK e lactato, ambos em T1. A intensidade do exercício não foi suficiente para estimular aumentos de glicose e nem diminuição de triglicerídeos como requerimento de energia e foram observados aumentos (P ≤ 0,05) significativos de creatinina e colesterol em T1 e T18. Tais alterações aliadas aos aumentos (P ≤ 0,05) de hematócrito, hemoglobina, eritrócitos e de PT e seus retornos em tempo hábil, bem como a manutenção dos níveis dos indicadores do estresse oxidativo demonstram que os equinos não sofreram danos provocados pelo exercício avaliado.