Perfil Fitoquímico e Capacidade Antioxidante de Extratos de Erva-mate (Ilex Paraguariensis A.st. Hill.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Colpo, Ana Zilda Ceolin
Orientador(a): Folmer, Vanderlei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/195
Resumo: A erva-mate, cientificamente denominada, Ilex paraguariensis St. Hil. Var. paraguariensis (Aquifoliaceae), trata-se de uma árvore que cresce naturalmente em florestas da América do Sul (na Argentina, sul do Brasil, Uruguai e Paraguai). Bebidas a base de ervas-mate denominadas “mate”, “chimarrão” ou “tererê” fazem parte dos hábitos e costumes da população local. Nos últimos anos, através da ampliação do conhecimento científico a respeito de seus efeitos na saúde, os usos da planta têm se expandido para outras partes do mundo e são descritas diversas possibilidades de aplicação. Suas ações incluem atividades antioxidante, antiinflamatória, antimutagênica, antiglicação entre outras, sendo estas diretamente relacionadas aos compostos bioativos presentes, especialmente na folha da árvore (principal parte utilizada para produção da erva-mate). Entre as substâncias conhecidas estão os polifenóis, saponinas, xantinas, minerais e vitaminas. Muitos fatores influenciam o teor desses compostos no produto final que é comercializado e por conseqüência no que é ingerido pelo consumidor. O presente estudo avaliou a composição fitoquímica e os potencias antioxidantes de extratos de ervas comercializados no Brasil, Argentina e Uruguai. Objetivando a obtenção de extratos com composição similar aos ingeridos pela população, preparou-se a bebida da forma tradicional e empregou-se uma forma de extração que mimetiza seu consumo. A partir desses extratos (mates) foram quantificados o conteúdo total de polifenóis, as concentrações das substâncias: ácido clorogênico, ácido cafeico, cafeína e teobromina e analisados os potenciais antioxidantes dos extratos. Para este fim foram utilizadas análises cromatográficas, espectrofotométricas e desenvolvidos ensaios, in vitro, que testaram a capacidade dos extratos seqüestrarem óxido nítrico e quelarem ferro. Foi possível verificar que a seqüência de extrações é um fator que influência no conteúdo extraído, visto que houveram diferenças significativas entre os primeiros e os últimos extratos. Além disso, verificou-se que a capacidade antioxidante dos extratos é expressiva e se mantêm mesmo em extratos onde a concentração de compostos apresenta decaimento significativo. No entanto, foram notadas variações relacionadas principalmente às nacionalidades das ervas. Este estudo sintetiza uma contribuição importante para futuras pesquisas, pois elucida o que é ingerido quando a bebida é consumida da forma que a população o faz, colocando a forma de extração como um importante fator, relacionado ao desfecho de seu consumo na saúde.