Marcadores inflamatórios e bioquímicos em portadores de hepatite viral c ao longo do tratamento combinado com interferon alfa peguilhado e ribavirina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nunes, Vinícius Tejada lattes
Orientador(a): Piccoli, Jacqueline da Costa Escobar lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Bioquímica
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5477
Resumo: As hepatites virais representam um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e também no Brasil devido à alta prevalência. Na região Oeste do Rio Grande do Sul, os municípios que fazem fronteira com a Argentina e o Uruguai apresentam o maior número de casos notificados, sendo que no município de Uruguaiana, o vírus da hepatite C é o mais prevalente. A hepatite C crônica é assintomática na grande maioria dos casos, o que torna seu diagnóstico muito difícil, entretanto, exames bioquímicos de rotina são importantes no monitoramento da infecção e do processo inflamatório no fígado. O quadro de hepatite C crônica pode evoluir a cirrose ou a um hepatocarcinoma, levando o portador ao óbito. O tratamento dos portadores inclui a terapia antiviral combinada do interferon alfa peguilado e ribavirina, medicamentos distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, pesquisas apontam que portadores da hepatite C crônica em tratamento combinado apresentam vários efeitos adversos em nível sistêmico. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar marcadores inflamatórios e bioquímicos em portadores da hepatite C crônica que fazem terapia combinada com interferon alfa peguilado e ribavirina. Os 43 portadores foram recrutados no serviço de referência do município de Uruguaiana (CAMMI) e submetidos a uma coleta de sangue total em tubo EDTA (10 mL) após concordarem com a participação no estudo. As informações clínicas do portador foram obtidas através dos prontuários dos mesmos e os parâmetros bioquímicos e inflamatórios foram determinados através de kits comerciais. Os resultados obtidos para os marcadores de função hepática (TGO, TGP, GGT e FAL) estão estatisticamente aumentados, enquanto os níveis de albumina e adiponectina estão significativamente diminuídos no grupo HCV em relação ao grupo controle. Além disso, foi observado a melhora nos níveis desses marcadores bioquímicos ao longo do tratamento combinado. Já as proteínas de fase aguda e a expressão de citocinas inflamatórias encontram-se com níveis estatisticamente aumentados no grupo HCV em relação ao grupo controle, mas, ao longo da terapia combinada há uma redução estatisticamente significativa nos níveis desses marcadores alcançando valores semelhantes ao grupo controle. Com isso, sugere-se que ao final da terapia combinada houve a melhora do processo inflamatório hepático o que contribui para a qualidade de vida do portador.