Uso das tecnologias da informação e comunicação para fins pessoais no ambiente de trabalho: um estudo comparativo a partir de diferentes posicionamentos organizacionais em relação à utilização dessas tecnologias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cezar, Bibiana Giudice da Silva lattes
Orientador(a): Corso, Kathiane Benedetti lattes
Banca de defesa: Cassanego Junior, Paulo Vanderlei lattes, Albano, Claudio Sonaglio lattes, Behr, Ariel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Administração
Departamento: Campus Santana do Livramento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3952
Resumo: Tendo em vista o uso das TICs para fins pessoais no ambiente de trabalho, fenômeno cujo indivíduos aproveitam-se do acesso a essas tecnologias durante o expediente para engajar-se em atividades particulares não relacionadas a finalidades laborais, as organizações contemporâneas têm se posicionado, de maneira permissiva ou restritiva, em relação a essas questões, pondo em prática diferentes estratégias e medidas de controle. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo geral comparar a manifestação do uso das tecnologias da informação e comunicação para fins pessoais no ambiente de trabalho entre organizações que se diferenciam por seus posicionamentos em relação a esse tipo de utilização durante o expediente. Para alcançar tal objetivo, desenvolveu-se um estudo descritivo, de abordagem qualitativa a partir do método comparativo. Após triagem para escolha das empresas participantes, adotou-se cinco organizações do setor de TIC situadas no Rio Grande do Sul que possuem 10 colaboradores ou mais. Três organizações caracterizadas por seu posicionamento permissivo de uso das TICs para fins pessoais no ambiente de trabalho e duas por seu posicionamento restritivo. A coleta de dados ocorreu por meio de observação direta e entrevistas a partir de um roteiro semiestruturado elaborado pela autora com base no referencial teórico acrescido da técnica projetiva percepção temática. Em cada empresa analisada foram delimitados como unidades de análise para participar das entrevistas um gestor e três colaboradores, totalizando 20 entrevistados. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Os resultados revelaram que nas empresas permissivas, a internet corporativa demonstrou ser utilizada pela maioria dos entrevistados para fins pessoais no ambiente de trabalho, enquanto nas restritivas, tendo em vista o controle da organização sobre a sua rede de internet, os entrevistados demonstraram fazer uso de um plano particular de internet móvel em seus smartphones, como alternativa. Verificou-se que atividades informacionais manifestaram-se mais vezes por indivíduos de empresas restritivas ao passo que a atividade social acessar redes sociais virtuais foi mais citada por entrevistados de empresas permissivas. Dentre os potenciais antecedentes do uso das TICs para fins pessoais no ambiente de trabalho, foram citados na presente pesquisa o ambiente de trabalho tecnológico, o uso excessivo ou problemático das TICs e o hábito de maneira semelhante em empresas permissivas e empresas restritivas. Os antecedentes normas subjetivas e fatores sociais e a percepção positiva acerca do comportamento manifestaram-se em ambos os posicionamentos, porém, com pequenas diferenças e o antecedente condições ambientais facilitadoras manifestou-se somente em empresas restritivas. O consequente negativo perdas em produtividade e eficiência e os consequentes positivos restabelecimento em situações de fadiga e estresse e o equilíbrio entre as esferas pessoal e profissional manifestaram-se de maneira semelhante nas empresas analisadas independentemente de seus posicionamentos. Nesse sentido, entende-se que enquanto as diferenças encontradas são oriundas das particularidades de cada posicionamento e de suas respectivas estratégias e medidas de controle, as semelhanças podem ter explicações de ordem comportamental, uma vez que foram manifestadas por indivíduos que vivenciam contextos organizacionais divergentes e também pelo fato de existir nas duas empresas restritivas analisadas a possibilidade de burlar o posicionamento e medidas de controle.