Consumo e disgestibilidade de pastagem nativa do bioma pampa e inclusões de azevém

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rosa, Fabiane Quevedo da
Orientador(a): Azevedo, Eduardo Bohrer de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/541
Resumo: Com o objetivo de avaliar a proteína bruta fecal como indicador de consumo e digestibilidade de bovinos alimentados com pastagem nativa situada no Bioma Pampa e inclusões de azevém e avaliar a qualidade nutricional dessas pastagens foram realizados dois experimentos em gaiolas de metabolismo. No experimento I, os animais recebiam diferentes níveis de oferta de pastagem nativa onde os tratamentos consistiam em níveis de1,5 e 2,25% do peso vivo de matéria seca e um nível ad libitum, com pelo menos 20% de sobras diárias onde foram realizados seis períodos experimentais, O experimento II consistia em diferentes níveis de inclusão de azevém na dieta de bovinos alimentados com campo nativo, os tratamentos eram 33%, 66% e 100% de azevém em substituição ao campo nativo, em dois períodos experimentias. Os experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 2 repetições por tratamento em cada período. Os períodos experimentais consistiram de 10 dias de adaptação e 5 dias de coletas, durante o período de coletas foram amostradas as sobras do cocho, a forragem ofertada e ainda a produção total de fezes a cada 24 horas. Realizou-se as medidas de produção fecal, concentração de componentes fecais, consumo de nutrientes e digestibilidade dos componentes da dieta. No capítulo I foram traçadas relações entre digestibilidade e a concentração da proteína bruta fecal (PBf), sendo testados dois modelos não lineares, o exponencial e o hiperbólico gerando as equações de digestibilidade da matéria orgânica(DMO) = 0,709-9,506* exp(-0,041*PBf) com R2 0,61 e DMO = 0,942-38,619/PBf (R2 0,62), respectivamente. A relação de consumo de matéria orgânica (CMO) com a quantidade de PBf, possui comportamento linear, foi então realizada a análise de stepwise para saber quais outras variávies poderiam explicar melhor o modelo junto com a PBf gerando uma equação CMO = -6724,30 + 39*PBf + 2,55*FDNf + 11591,44*DMO com R2 0,95. Determinou-se a relação da proteína bruta (PB) da dieta (g/kg MO) x PBfecal (g/kg MO), PB dieta = 1,346x - 47,63 R² = 0,931 (modelo linear). No capítulo II, foram testados dois modelos para todas as relações traçadas no experimento II, um modelo linear e um modelo quadrático, as relações foram consumo de matéria orgânica (CMO (g/UTM)) x digestibilidade da fibra em detergente neutro (DFDN), DMO x CMO (g/UTM), DMO x CMO (g/dia), consumo de folhas (g/UTM) x DMO e CMO (g/UTM) x relação proteína/energia. As relações que não foram estatisticamente significativas para nenhum modelo foram CMO (g/UTM) x relação proteína/energia e consumo de folhas (g/UTM) x DMO. Após essas relações, verificou-se que a PBf tem um bom potencial para a estimativa de consumo e a digestibilidade por bovinos alimentados com pastagens nativas ou associadas a forragem cultivada como o azevém anual, mas estes parâmetros também são afetados por diferentes variáveis.