Cinética de decomposição e identificação de produtos de degradação a partir de matriz de liberação osmótica contendo o fármaco paliperidona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cassol, José Pedro Etchepare
Orientador(a): Mendez, Andreas Sebastian Loureiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/528
Resumo: A paliperidona, principal metabólito ativo da risperidona, é um antipsicótico atípico da classe química dos derivados benzisoxazóis. Está disponível no mercado na forma de comprimidos de liberação osmótica oral controlada, do tipo OROS® Push-PullTM. Esses sistemas apresentam uma membrana semipermeável com dois orifícios feitos a laser numa das extremidades, e um polímero que se expande à medida que o líquido estomacal atravessa a membrana, ajudando na liberação do fármaco, que está presente em dois compartimentos, sendo um menos concentrado para que haja uma liberação inicial mais rápida. Há poucos estudos de estabilidade da paliperidona, principalmente em sistema OROS®. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a substância química de referência utilizada, avaliar por CLAE a estabilidade da paliperidona testando diferentes condições forçadas (ácida, alcalina, oxidativa, térmica e fotolítica), estabelecer a decomposição cinética das condições oxidativa, fotolítica e térmica, com foco na ordem de reação, constante de reação (k), tempo de meia-vida (t½) e t90%, e identificar os produtos de degradação majoritários por CLUE-EM. A paliperidona apresentou-se instável em condição oxidativa (concentração residual em 72h = 83,49%), fotolítica (concentração residual em 24h = 24,64%) e térmica (concentração residual em 96h = 30,12%), com cinética de primeira ordem. O fármaco mostrou-se estável em meio ácido, corroborando com a estratégia de uso do HCl 0,0100 mol/L como solvente para obtenção do fármaco a partir desta matriz. O método de extração direta sem rompimento da bomba osmótica apresentou-se mais eficiente do que a ação de rompimento prévio do comprimido, podendo haver perda do fármaco na realização deste processo. As análises por CLUE-EM permitiram a identificação de três produtos de degradação: m/z 365, denominado ácido (Z)-2-((((Z)-aminometileno)amino)metileno)-4-(4-(2-(aminoxi)-4-fluorobenzil) piperidin-1-il) butanoico, detectado em condições fotolítica e térmica; e por outra rota reacional, m/z 233 denominado 3-(1-etilpiperidin-4-il)-2,3-diidrobenzo[d]isoxazol e m/z 217, denominado (E)-6-((1-etilpiperidin-4-il)metileno)ciclohexa-2,4-dien-1-ona, detectados em todas condições do ensaio, demonstrando a importância da rota de decomposição do fármaco.