Variabilidade da frequência cardíaca em cães com endocardiose valvar submetidos a treinamento físico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Valandro, Marilia Avila
Orientador(a): Pascon, João Paulo da Exaltação
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/496
Resumo: A endocardiose valvar (EV) é a cardiopatia mais prevalente na espécie canina, capaz de alterar o balanço autonômico pela ativação crônica do sistema nervoso simpático, relacionado ao risco de morte súbita e pior prognóstico. Diversos programas de treinamento com caminhada foram eficazes no restabelecimento do equilíbrio autonômico em seres humanos cardiopata, verificados a luz da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito de oito semanas de caminhada, realizadas três vezes por semana, durante 30 a 50 minutos, de moderada intensidade (60 a 80% da frequência cardíaca máxima), sobre a função autonômica cardíaca de cães com EV, utilizando a VFC no domínio do tempo e da frequência como ferramenta. Para tanto, 20 cães com EV foram divididos em dois grupos: grupo controle - não treinado (GC, n=9) e grupo treinamento (GT, n=11), e avaliados nos momentos basal (T0), quatro semanas (T1) e oito semanas (T2). No domínio do tempo, a variável média rMSSD (raiz quadrada da média ao quadrado das diferenças sucessivas entre os intervalos NN) foi maior no GT em quatro (155,5+42,07) e oito semanas (199,8+83,54) em relação ao GC (91,17+35,79 e 88,17+57,51) (p<0,05). No domínio da frequência, a variável High Frequency (HF) foi a mais representativa, e apresentou aumento no GT (30950+25810) após quatro semanas quando comparado ao GC (19090+23210) (p<0,05) e dentro do grupo GT após oito semanas de treinamento (40300+33870) em relação à avaliação basal (29340+20950) (p<0,05). As demais variáveis não sofreram influências do programa de treinamento proposto. Esses resultados demonstram que o treinamento físico com a utilização de caminhadas foi capaz de alterar a VFC, indicando uma maior participação parassimpática em cães com EV.