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Avaliação do Potencial citotóxico e genotóxico do Fe (II) E FeSO4 em cultura de células mononucleares de sangue periférico humano: riscos versos segurança em suplementação prolongada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rosa, Emanoeli da lattes
Orientador(a): Oliveira, Luís Flávio Souza de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5495
Resumo: O ferro (Fe) é um elemento-traço indispensável para a homeostase corporal em humanos e sua diminuição plasmática concorre para instalação de quadros clínicos relevantes. A terapia farmacológica e as condutas de enriquecimento alimentar utilizam sais à base de ferro para tratar e prevenir a sideropenia. Entretanto, se não acompanhadas adequadamente, essas condutas podem gerar quadros de hiperferremia. Não obstante, a literatura descreve exaustivamente a indução de danos teciduais provocados pelo excesso de ferro fundamentando-a com o aumento de estresse oxidativo. Entretanto, muito pouco se sabe sobre a relação entre concentrações de Fe e danos ao material genético humano. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos do Fe (II) e do FeSO4 em cultura de células mononucleares de sangue periférico humano nas concentrações 1, 2, 5 e 10 μg/mL, através da análise da viabilidade celular, proliferação celular, ensaio cometa e ensaio de micronúcleos, bem como apontar a concentração onde se observou o início das lesões. Tanto o Fe (II) quanto o FeSO4 não apresentaram citotoxicidade. Por outro lado, o ensaio cometa demonstrou que o Fe (II) induziu um aumento de dano de DNA de aproximadamente 30 vezes ao observado para o controle negativo; enquanto o FeSO4 gerou um dano ainda maior, por volta de 60 vezes (p<0,001). No teste de micronúcleo, o Fe (II) aumentou na frequência de micronúcleos de 2,5 a 6 vezes a taxa encontrada para o controle negativo; enquanto o aumento da frequência de micronúcleos pelo FeSO4 variou de 6 a 12 vezes (p<0,05). Observamos que, para esses últimos dois ensaios, as lesões iniciaram na concentração de 1 μg/mL, ou seja, muito próxima ao pico plasmático (aproximadamente 1,33 μg/mL) para uma dose terapêutica habitual de FeSO4 (40 mg/dia). Esses achados chamam atenção para o acompanhamento clínico adequado de pessoas que necessitem de suplementação à base de Fe, em detrimento de lesões ao seu material genético. Sugerimos estudos complementares para elucidação dos mecanismos envolvidos nos fenômenos que observamos e avaliações com outros tipos celulares e ensaios in vivo para confirmar a intensidade das lesões.