Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Machado, Rui Seabra
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Orientador(a): |
Carpes, Pâmela Billig Mello
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Ribeiro, Maria Flavia Marques
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4080
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Resumo: |
O modelo tradicional de ensino de fisiologia tem sido questionado, já que os resultados obtidos são insatisfatórios em grande parte das vezes. Então, para compreender como se dá o ensino de fisiologia, é preciso pesquisá-lo. Por isso, neste estudo o nosso objetivo foi investigar o status da pesquisa em ensino de fisiologia no Brasil. Para tanto, dividimos este estudo em etapas: (i) mapeamento no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq (DGP-CNPq) dos grupos com cadastro na linha ensino de fisiologia e análise do Currículo Lattes dos seus líderes; (ii) mapeamento dos grupos de pesquisa dos integrantes da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis) e análise de seus Currículos Lattes; (iii) mapeamento das publicações de brasileiros na Revista Advances in Physiology Education; (iv) entrevistas com líderes dos grupos identificados no DPG-CNPq; e, (v) entrevista com representante da Comissão de Ensino da SBFis. Na primeira etapa encontramos 5 grupos de pesquisa no Brasil cadastrados no DGP-CNPq. Neles atuavam 55 pessoas, sendo a média 18,33 ± 9,29 pessoas/grupo. Geograficamente eram 21,81% (n = 12) no Nordeste; 25,45% (n = 14) no Sudeste; e 52,72% (n = 29) na região Sul. Destes, no Nordeste 66,66% (n = 8) dos integrantes eram professores e 33,33% (n = 4) estudantes; no Sudeste, 21,42% (n = 3) eram professores e 78,57% (n = 11) estudantes; e, no Sul, 58,62% (n = 17) eram professores e 41,37% (n = 12) estudantes. Os integrantes da Comissão de Ensino da SBFis e seus grupos totalizavam 37; destes, 56,75% eram professores (n = 21) e 43,24% estudantes (n = 16). Geograficamente 32,43% (n = 12) estavam no Nordeste, 66,67% eram docentes (n = 8) e 33,33% estudantes (n = 4). Outros 27,02% (n = 10) estavam no Sudeste, destes 40% (n = 4) eram docentes e 60% (n = 6) estudantes. No Sul eram 40,54% (n = 15), sendo 60% (n = 9) professores e 40% (n = 6) estudantes. Foram encontrados 50 artigos publicados por pesquisadores brasileiros na Advances in Physiology Education, no período de 1992 a 2017. Foram entrevistados os líderes dos grupos identificados na 1ª etapa. Na análise de conteúdo foram identificados 109 trechos significativos, os quais foram classificados em 5 categorias de análise: (i) Estratégias para formação discente com 31,19% (n = 34) dos trechos; (ii) (Des)valorização da pesquisa em ensino de fisiologia, 25,68% (n = 28); (iii) Formação docente 25,68% (n = 28); (iv) Educação, 11% (n = 12); e; (v) Ensino de fisiologia na perspectiva da educação em saúde, com 6,42% (n = 7). Segundo o integrante da Comissão de Ensino da SBFis, esta comissão busca valorizar a docência de fisiologia e também apoiar pesquisas em ensino de fisiologia. Concluímos que é pequeno o número de grupos que pesquisam o ensino de fisiologia no Brasil. O principal foco das pesquisas em ensino de fisiologia é melhorar o aprendizado dos estudantes, porém os pesquisadores sofrem preconceito porque seus projetos são desvalorizados. |