Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Abbondanza, Márcia Vanessah Pacheco
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Orientador(a): |
Fleck, Carolina Freddo
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Banca de defesa: |
Viana, João Garibaldi Almeida
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Scherer, Laura Alves
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Canfield, Shalimar Gallon
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Administração
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Departamento: |
Campus Santana do Livramento
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5565
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Resumo: |
A tendência de uma identificação de gênero com uma área profissional pode ocorrer sem que haja uma reflexão de como se constrói social e historicamente (ALVES, 2018), e um dos fatores a que isso se deve é a existência de estereótipos de gênero enraizados no imaginário. Dessa forma, a teoria institucional de Veblen, na qual os instintos e os hábitos de vida e de pensamento são centrais para compreender o comportamento dos indivíduos e o desenvolvimento de instituições na sociedade, fornece elementos para analisar carreiras que historicamente vêm sendo ocupadas de forma mais expressiva por um gênero. Sendo assim, tem-se o objetivo de investigar a percepção sobre estereótipos de gênero na carreira de profissionais que atuam em carreiras tradicionalmente feminizadas ou masculinizadas, a partir da perspectiva institucional de Thorstein Veblen. Especificamente, buscou-se: I) apresentar um modelo teórico a fim de explicar a perpetuação de carreiras feminizadas e masculinizadas à luz da teoria institucional de Thorstein Veblen; II) discutir aspectos que influenciam na perpetuação dos estereótipos de gênero, nos espaços público e doméstico, a partir da percepção de profissionais que atuam em carreiras feminizadas e masculinizadas e de especialistas em estudos de teoria institucional e de gênero; III) Validar um instrumento a fim de mensurar a percepção do indivíduo acerca de estereótipos de gênero na própria carreira; e IV) verificar a percepção de estereótipos de gênero na carreira por profissionais formados nas áreas de Saúde e Engenharias e que atuam no Rio Grande do Sul/BR. Para tanto, o estudo caracteriza-se como exploratório-descritivo, sendo adotado o método misto de estratégia exploratória sequencial, em que primeiro foi realizada uma etapa qualitativa e que a partir dos resultados dessa etapa, a fase quantitativa foi operacionalizada. A fase qualitativa consistiu em duas rodadas de entrevista com 10 participantes através da técnica Delphi, as quais foram analisadas pela técnica de análise de conteúdo. Já na fase quantitativa, foi criado um instrumento de pesquisa direcionado ao públicoalvo do objetivo III, resultando em 206 respostas. Foram empregadas a análise descritiva, a análise fatorial, e testes de hipóteses não paramétricos. Referente aos resultados, conclui-se que o modelo teórico foi coerente e aceito pelos respondentes da etapa qualitativa, pois estes reconhecem a existência dos estereótipos de gênero, inclusive na carreira, e as formas pelas quais a sociedade os institucionaliza. O instrumento criado a fim de mensurar a percepção de estereótipos de gênero na carreira, apresentou-se estatisticamente significativo com 16 das 20 variáveis propostas, e 50,01% da amostra apresentou um alto nível dessa percepção. Os testes de hipóteses indicaram que, para a presente amostra, ser do gênero feminino corresponde a uma percepção maior de estereótipos de gênero na carreira do que o gênero masculino, descartando as variáveis sociodemográficas, e estar na área da engenharia corresponde a uma percepção maior de estereótipos de gênero na carreira do que estar na área da saúde. Bem como, ser subordinado (a) a um chefe homem implica em uma maior percepção desse fenômeno do que estar subordinado (a) a uma chefe mulher |