Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Leão, Maria Fernanda de Moura |
Orientador(a): |
Machado, Michel Mansur |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/536
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Resumo: |
A hipertensão arterial é uma condição clínica de ocorrência multifatorial, sendo a mais frequente entre as doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. É caracterizada pelo aumento e manutenção dos níveis pressóricos acima de 140mmHg (pressão sistólica) e 90mmHg (pressão diastólica). É também o maior agravante nas complicações cardiovasculares e está associada ao surgimento de outras co-morbidades. A OMS estima que 40% da população mundial acima dos 25 anos seja hipertensa, estando localizada majoritariamente em países onde a renda e o nível de escolaridade são menores. Depois de diagnosticada, a hipertensão arterial deve ser tratada com mudanças no estilo de vida e medicamentos que mantenham os níveis pressóricos controlados, sendo assim, várias classes de anti-hipertensivos são usados nesse tratamento. Visando ampliar o acesso a medicamentos básicos e permitir uma melhor adesão ao tratamento, o Governo Federal criou em 2004 o Programa Farmácia Popular do Brasil, uma parceria entre governo e instituições públicas e privadas para fornecer a população medicamentos para o controle da hipertensão, diabetes, asma, dislipidemias, anticoncepcionais, entre outros; de forma gratuita ou subsidiada em até 90% do valor. Para tratar a hipertensão, o Programa Farmácia Popular do Brasil distribui de forma gratuita os anti-hipertensivos – atenolol, captopril, cloridrato de propranolol, hidroclorotiazida, losartana e maleato de enalapril, todos estes sendo lançados no mercado anterior ao ano de 2004, quando testes de segurança genética ainda não eram obrigatórios, de acordo com a Resolução nº 90/2004 da ANVISA. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial genotóxico de anti-hipertensivos distribuídos pela Farmácia Popular em células leucocitárias humanas, haja vista que são fármacos amplamente utilizados e se faz necessários maiores estudos que garantam a segurança genotoxicológica dos mesmos. Os testes foram desenvolvidos a partir de culturas celulares tratadas com cinco diferentes concentrações dos anti-hipertensivos, sendo avaliados parâmetros genotoxicológicos – viabilidade celular e índice de dano ao DNA (teste Cometa), e parâmetros mutagênicos – teste de micronúcleo e instabilidade cromossômica numérica. Os resultados mostram que captopril e maleato de enalapril foram capazes de diminuir a viabilidade celular e causar danos ao DNA conforme o aumento da dose, e que, o atenolol foi capaz de também diminuir a viabilidade celular de acordo com o aumento da dose. A hidroclorotiazida também mostrou causar dano ao DNA, porém esse dano ocorreu de forma igual para as cinco doses. Quanto aos parâmetros mutagênicos, nenhum dos seis anti-hipertensivos testados e, em nenhuma das cinco concentrações foi capaz de causar alterações mutagências. |