Percepção de risco dos diferentes atores envolvidos no controle da febre aftosa na fronteira oeste do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gavião, Alessandra Aranda
Orientador(a): Pellegrini, Debora da Cruz Payão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/1630
Resumo: A febre aftosa (FMD) é economicamente a doença mais importante de biungulados e a ocorrência de um surto produz repercussões nacionais e internacionais. O vírus da febre aftosa (FMDV), agente causal, é extremamente infeccioso e contagioso. A infecção afeta principalmente bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos entre outras espécies domésticas e silvestres. O controle da enfermidade é realizado pelo rápido diagnóstico, vacinação preventiva e restrição da movimentação de animal. Assim sendo, as medidas de controle são direcionadas em medidas de prevenção, que incluem vigilância ativa e passiva. O último surto de FMDV no Rio Grande do Sul ocorreu em 2001 e atualmente o estado é reconhecido como zona livre com vacinação. Para que o Estado mantenha este status, faz-se necessário um sistema de vigilância eficaz capaz de integrar o Serviço Veterinário Oficial (SVO) e a cadeia produtiva (diferentes agentes envolvidos). O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção de risco dos produtores, médicos veterinários e transportadores de bovinos da cadeia produtiva na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Todos os atores entrevistados reconhecem a importância da febre aftosa. No entanto, uma parcela dos produtores (15%), transportadores (17%) e veterinários (17%) acredita que a doença ocorra no Estado. Também uma quantia considerável de produtores e transportadores acredita que o risco de o vírus ser introduzido na região seja baixo, desprezível e alguns ainda não souberam responder. Observou-se que os entrevistados reconhecem os principais sinais clínicos, porém possuem pouco conhecimento quanto a ovinos, suínos, cervos e porcos selvagens serem suscetíveis a febre aftosa. Grande parte dos entrevistados acredita ser importante comunicar um caso suspeito, porém uma parcela tentaria resolver de outra maneira, caso suspeitasse da doença. Quase a totalidade dos produtores afirmou vacinar seus rebanhos, no entanto alguns possuem conhecimento de produtores que não realizam a vacinação. Além disso, alguns entrevistados não sabem a idade inicial para realizar a vacinação. Dessa forma, é de extrema importância o Serviço Veterinário Oficial atuar com mais intensidade em atividades de educação sanitária, no que diz respeito a idade correta para vacinação, as espécies afetadas e a notificação, tornando os atores mais sensíveis a qualquer suspeita da doença.