Infusão contínua com cetamina e xilazina associadas ou não ao éter gliceril guaiacolato em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bandiera, Fernanda Canello
Orientador(a): Thiesen, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/1579
Resumo: A Anestesia Total Intravenosa (TIVA) é técnica anestésica muito útil na rotina veterinária. Uma das associações anestésicas mais usadas para TIVA é a de cetamina, xilazina e EGG (éter-gliceril-guaiacolato), indicada principalmente para equinos. No presente estudo objetivou-se avaliar a influência do protocolo anestésico com cetamina e xilazina associadas ou não ao EGG em coelhos, sobre a frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), frequência respiratória (f), tensão de dióxido de carbono ao final da expiração (EtCO2), temperatura retal (TR), concentrações sanguíneas de lactato e glicose e reflexo à eletroestimulação. Foram utilizados 10 animais, submetidos à dois procedimentos anestésicos, com um mês de intervalo entre eles e de forma randomizada. Em ambos os grupos, a indução anestésica foi realizada com Cetamina na dose de 20mg/kg associada a Xilazina na dose de 1mg/kg, por via IV. Logo após a indução deu-se início à infusão contínua de solução contendo 10mg/ml de Cetamina, 0,3mg/ml de Xilazina e 50mg/ml de EGG no grupo denominado de Grupo CXE e 10mg/ml de Cetamina e 0,3mg/ml de Xilazina no grupo denominado Grupo CX, na velocidade de 8ml/kg/h administrada por meio de bomba de infusão. Os parâmetros foram aferidos em intervalos de 10 minutos, por 90 minutos (T10, T20…T90), após o início das infusões. Amostras sanguíneas foram colhidas antes da indução, em T30, T60 e T90, para aferição dos níveis plasmáticos de lactato e glicose. Os valores de PAS, PAD e PAM foram menores em todos os momentos em relação aos valores basais em ambos os grupos. No GCXE, os valores foram significativamente menores que em GCX a partir de T20 até o término da infusão. A f foi menor em T90 no GCXE. Os valores de EtCO2 foram menores em GCXE em T50 e T60. A TR diminuiu em ambos os grupos, sendo essa diferença significativa a partir de T30 em relação ao basal. A concentração sérica de lactato foi significativamente menor em relação ao basal em T30 no GCXE e T60 e T90 em ambos os grupos. No GCX, a glicemia foi significativamente maior que os valores basais em T90. A resposta ao estímulo elétrico nociceptivo não diferiu entre os grupos. Aos 10 minutos de infusão (T10) 70% dos animais do GCX mostraram resposta positiva ao estímulo nociceptivo assim como 60% dos animais do GCXE responderam ao estímulo. Nos 20 e 30 minutos de infusão (T20 e T30) somente 10% dos animais do GCX não apresentaram resposta ao estímulo nociceptivo enquanto 30% dos animais do GCXE não responderam ao estímulo nociceptivo. A partir dos 30 minutos de infusão 100% dos animais do GCX respondeu aos estímulos nociceptivos em todos os tempos até os 90 minutos de infusão (T90). No GCXE, 30% dos animais se mantiveram V sem resposta aos estímulos nociceptivos e no final nas das avaliações (T90) 80% dos animais já havia respondido ao estímulo nociceptivo. O protocolo anestésico usando cetamina e xilazina associadas ou não ao EGG em infusão contínua, nas doses utilizadas, resultou em hipotensão acentuada e não foi capaz de abolir de forma efetiva a resposta aos estímulos nociceptivos em coelhos, não sendo, portanto, indicado para o uso na rotina anestésica dessa espécie.