Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Renata Deli da Rosa |
Orientador(a): |
Lindemann, Renata Hernandez |
Banca de defesa: |
Galiazzi, Maria do Carmo,
Martins, Márcio Marques |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Ensino de Ciências
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Departamento: |
Campus Bagé
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2278
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Resumo: |
Embora os compostos orgânicos sejam de grande importância para sociedade, estudos indicam que o ensino da Química Orgânica que vem sendo ensinada nas escolas encontra-se distante do cotidiano dos alunos. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de educação que vem sendo objeto de pesquisas de trabalhos acadêmicos nos últimos anos, porém a preocupação de como ocorre o processo de ensino aprendizagem nesta modalidade de ensino é algo novo nas pesquisas científicas. De acordo com alguns autores ensinar adultos requer uma prática diferente de quando ensinamos crianças, pois o aluno adulto possui experiências de vida, que lhe promovem a independência. Assim, para ensinar na EJA o docente precisa usar metodologias específicas para esta faixa etária. A andragogia se propõe a auxiliar nesse processo de escolha. A andragogia (do grego andros significa adulto e agogôs significa educar) é entendida como a ciência que estuda como os adultos aprendem. São destacados como princípios da Andragogia: necessidade de aprender, autoconceito do aprendiz, o papel das experiências, prontidão para aprender, orientação da aprendizagem e motivação. O Ensino de Química necessita de currículos que desenvolvam integralmente o aluno e que, o ajude a agir na sociedade de forma crítica e participativa. Para tal a contextualização vem sendo defendida como um dos caminhos para o alcance destes objetivos. Partindo desses pressupostos, o presente trabalho contempla o planejamento, aplicação e análise de uma sequência de ensino, na qual se utilizou da temática fármacos e automedicação à luz dos princípios da andragogia para o desenvolvimento dos conhecimentos introdutórios de Química Orgânica na EJA. A aplicação da sequência de ensino foi realizada com uma turma de 3º ano do Ensino Médio na modalidade EJA, em uma escola da rede estadual do Rio Grande do Sul e localizada na região central do município de Caçapava do Sul. A pesquisa é de cunho qualitativo e a análise buscou identificar como os princípios da andragogia: necessidade de aprender, o autoconceito do aprendiz, o papel das experiências, prontidão para aprender, orientação para aprendizagem e motivação estiveram presentes e efetivamente contribuíram para a introdução de conhecimentos de Química Orgânica na aplicação da sequência de ensino. As categorias a priori efetivaram-se a partir da reunião de fragmentos de falas e resolução de atividades dos sujeitos ao longo da sequência de ensino. Essa análise permitiu perceber que inserir a contextualização no Ensino de Química Orgânica através da temática fármacos e automedicação auxiliou os estudantes na aprendizagem de conceitos introdutórios da Química Orgânica tais como características e classificação do átomo de carbono, representação dos compostos orgânicos, classificação das cadeias carbônicas e funções orgânicas e também contribuiu para que o questionamento e debate sobre a prática da automedicação no contexto da sala de aula. Com esta pesquisa percebeu-se que planejar uma sequência de ensino a partir do estudo e apropriação dos princípios, métodos e técnicas da andragogia contribuiu para colocar o aluno adulto ativo na construção do conhecimento, contando com o protagonismo dos mesmos durante as atividades. |