Análise transcriptomica de prasiola crispa (lightfoot) kützing revela estratégias de resistência ao ambiente antártico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Macedo, Pablo Echeverria
Orientador(a): Pinto, Paulo Marcos lattes
Banca de defesa: Albuquerque, Margeli Pereira de lattes, Boldo, Juliano Tomazzoni lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Especialização Cidades, Culturas e Fronteiras 2 ed
Departamento: Campus São Gabriel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4535
Resumo: O continente Antártico se encontra aproximadamente centralizado no polo sul da Terra, sendo completamente isolado pelo encontro dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. A Antártica é o continente com as condições ambientais mais severas, onde estão presentes frio intenso, seca fisiológica, ventos severos e limitações de nutrientes. A composição da vida presente na Antártica é muito específica, com a presença de organismos incluindo procariotos e eucariotos, como fungos, protistas e algas. Entre as algas, Prasiola crispa (Lightfoot) Kützing é o organismo mais comumente encontrado, representando um importante produtor primário. Entretanto, os mecanismos moleculares envolvidos com o potencial adaptativo de P. crispa a esse ambiente são ainda desconhecidos. Sendo assim, para melhor compreender a capacidade de adaptação e desenvolvimento de P. crispa a estas condições, realizou-se através de sequenciador Illumina-Hiseq 2500, a obtenção do transcriptoma desse organismo. Posteriormente, baseando-se na utilização de softwares específicos, realizou-se a respectiva montagem e anotação dos dados advindos do sequenciamento. A montagem do transcriptoma de P. crispa resultou em 37.679 contigs, com um N50 de 1.389. O procedimento de anotação permitiu a identificação dos organismos com maior similaridade com P. crispa, onde destacou-se outra Chlorophyta pertencente ao ambiente antártico. Pode-se realizar a classificação dos transcritos em três diferentes categorias: processos biológicos, funções moleculares e componentes celulares; assim como a visualização dos seus respectivos E-values. Por fim, pode-se realizar a identificação de 27 transcritos que possivelmente auxiliam P. crispa a se tornar apta a sobreviver no ambiente antártico. Sendo os mesmos distribuídos em características relacionadas à resistência e tolerância a baixas temperaturas, alta incidência de radiação ultravioleta, transporte de substâncias e altos níveis de salinidade.