Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Matos, Almicar Jardim
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Orientador(a): |
Mesquita, Fernando Silveira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Ciência Animal
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5432
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Resumo: |
A microbiota compreende os microrganismos que habitam um determinado compartimento de um organismo vivo e pode estar relacionada ao estado de saúde do hospedeiro. O ambiente vaginal, incluindo a microbiota local e o equilíbrio redox, parece estar sob a regulação das flutuações hormonais, em especial a dos esteroides ovarianos. Este trabalho teve por objetivo investigar o efeito da suplementação exógena com progesterona apenas ou progesterona seguida de benzoato de estradiol na população de bactérias acido lácticas, espécies reativas ao oxigênio e potencial antioxidante no ambiente vaginal de ovelhas pré-púberes. Dez ovelhas pré-puberes foram aleatoriamente divididas para receber ou não progesterona (P4) de longa ação via injeção intramuscular no dia zero (D0), seguido de suplementação com benzoato de estradiol (BE) no D5 para todas as fêmeas. O grupo de fêmeas que receberam ambos, P4 e BE, foi denominado Grupo PE, enquanto o grupo de fêmeas que receberam apenas estradiol foi chamado de Grupo E. No D0, D2 e D7, amostras vaginais de todos os animais foram coletadas via suabe, colocadas em solução salina, diluídas 1:10, 10-3 e 10-5 e semeadas em ágar sangue, em triplicatas. Alternativamente, amostras em solução salina estéril foram diluídas 1:10 e 10-4 e semeadas em ágar MRS (De Man e Rogosa e Sharpe) pelo método pour plate, em triplicatas. Três meses depois, o mesmo experimento foi repetido nos mesmos animais para a coleta de lavado vaginal. No D0, D2 e D7 todos animais foram coletados via lavado vaginal, por meio de infusão de 5 ml de solução salina estéril no fórnix vaginal, seguida de recuperação em tubo estéril, e armazenamento a -20oC. O lavado vaginal foi avaliado para a produção de ROS e potencial antioxidante. Os dados foram analisados por análise de variância de amostras repetidas no tempo, considerando os efeitos de tratamento (Grupos E e PE), dia (D0, D2, D7) e sua interação. Não foi detectado efeito de tratamento para nenhuma das variáveis analisadas. O dia, altamente influenciado pelo efeito do tratamento com BE no D5, induziu um aumento das UFCs de BAL e potencial antioxidante das células vaginais e a uma redução na produção de ROS pelas células e lavado vaginal. Observou-se também um enriquecimento de colônias de lactobacillus ao longo do tempo. Conclui-se que o estrógeno favorece o crescimento da população vaginal das bactérias acido lácticas e o estabelecimento de um ambiente vaginal mais antioxidante que parece estar correlacionado a uma mudança qualitativa da microbiota vaginal favorecendo o estabelecimento de lactobacillus. |