Efeito protetor do extrato aquoso de luehea divaricata contra os danos oxidativos e comportamentais induzidos pelo ácido 3-nitropropiônico em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Courtes, Aline Alves
Orientador(a): Puntel, Robson Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/298
Resumo: A doença de Huntington (DH) é uma desordem neurodegenerativa, hereditária autossômica dominante, caracterizada por alterações motoras progressivas, distúrbios emocionais, movimentos involuntários anormais e demência, os quais podem ser atribuídos à morte de neurônios estriatais e corticais. Apesar de ser uma etiologia ainda não totalmente conhecida, tem-se sugerido que o estresse oxidativo contribua para o desenvolvimento dessa condição. Nesse contexto, o ácido 3- nitropropiônico (3-NP), um inibidor da enzima mitocondrial succinato desidrogenase (SDH), têm sido utilizado em modelos animais por desenvolver as características fenotípicas observadas na DH. De um modo geral, o efeito do 3-NP está relacionado a capacidade do mesmo em causar disfunção mitocondrial e gerar espécies reativas. Nesse cenário, a pesquisa por terapias em que se busque neutralizar os efeitos deletérios das espécies reativas são de grande importância. A Luehea divaricata (L. divaricata), popularmente conhecida no Brasil como açoita cavalo contêm numerosos polifenóis, os quais poderiam atuar como agentes neuroprotetores em estudos in vitro e in vivo de doenças neurodegenerativas. Diante do exposto, buscamos nesse estudo testar a hipótese que o extrato aquoso de L. divaricata pode exercer efeito antioxidante e neuroprotetor frente às alterações comportamentais e oxidativas induzidas pelo 3-NP em ratos. Nossos dados demonstraram que o 3-NP induziu os sintomas da DH, uma vez que provocou mudanças de comportamento, evidenciados pela diminuição da atividade locomotora no Campo Aberto e Rota Rod; bem como alterações oxidativas evidenciadas pelo aumento dos níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS) e peroxidação lipídica; redução nos níveis de glutationa reduzida e na atividade da acetilcolinesterase. O extrato aquoso de L. divaricata preveniu as alterações comportamentais e oxidativas induzidas pelo tratamento com 3-NP, sugerindo possível efeito neuroprotetor da L. divaricata contra a toxicidade do 3-NP, o qual pode ser devido a suas propriedades antioxidantes. Consequentemente, a planta poderia ser utilizada como um agente terapêutico para a prevenção dos sintomas da DH.