Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Livia Solana Pfuetzenreiter de Lima |
Orientador(a): |
Guandalini, Walter Júnior |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uninter.com/handle/1/554
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo investigar as práticas discursivas envolvendo o enunciado “interesse público” nas doutrinas de Direito Administrativo lançadas na Primeira República, entre os anos de 1889 e 1930, que conformariam toda a atuação do Estado à época, inclusive no plano jurisdicional. Isto porque, analisar o pensamento jurídico construído através da produção doutrinária lançada na Primeira República é importante à compreensão dos limites teóricos em que se movia a jurisdição do período. Partindo deste recorte temporal específico e fazendo uso da obra de Michel Foucault como referencial metodológico, a pesquisa busca analisar quais as relações de poder que atravessam o referido discurso de modo a construir a própria realidade nacional naquele período. Assim, num primeiro momento é tratado o referencial teórico de Michel Foucault, como os conceitos de discurso na verdade criam a realidade sobre a qual dizem descrever, depois é passado em revista o contexto político e social do período estudado, e por fim é realizada a análise direta de seis obras de Direito Administrativo lançadas no período, retirando trechos de todos os textos originais. Nesse sentido, as hipóteses trabalhadas para o problema de pesquisa proposto são de que o discurso do interesse público legitimou o processo de federalização e multiplicação do Estado com o advento da República, criando a realidade de necessidade e imprescindibilidade da presença do Estado na vida do cidadão; e também a hipótese de que o mesmo discurso legitimou o processo de intervenção do Estado na sociedade, remodelando o espaço físico das principais capitais brasileiras aos moldes europeus. Ressalta-se, contudo, que o objetivo do trabalho não é construir um conceito de interesse público, fugindo das análises jurídicas ou econômicas do tema, mas sim considerando o discurso como acontecimento, como prática discursiva com espessura própria, que constrói não só a realidade social, mas também o próprio sujeito. |