Vulnerabilidades (que adentram) no cenário educativo: mapear para discernir e intervir

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Sonia Caranhato
Orientador(a): Lopes, Luís Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uninter.com/handle/1/1260
Resumo: O presente estudo apresenta uma análise sobre vulnerabilidades e tecnologia visando prover sustentação filosófica e epistêmica na elaboração de um sistema web para mapear vulnerabilidades multidimensionais de estudantes do IFTO/Campus Palmas. A partir de levantamento bibliográfico, documental e de campo, compreendemos, especialmente, com os autores Brené Brown (2016); Candau (2012); IFTO (2020); Brasil (2004; 2010; 1988; 2019; 2008) e no estudo sobre “Indicadores de vulnerabilidade global: Proposta metodológica para estudos e mapeamento de risco em área de encosta” de Rita et al. (2011), que as demandas estudantis precisam ser geridas de modo conceitual, buscando identificá-las em seus diferentes contextos e formas para então planejar intervenções a partir das causas, as quais correntemente exigem ações estruturadas na interdisciplinaridade. Nesse paralelo, buscamos dialogar com Feenberg (2002; 2013), Vieira Pinto (2003) e Bunge (1985), visando uma discussão mais crítica sobre a construção e o uso de artefatos para atender as demandas da assistência estudantil. A pesquisa se caracteriza como aplicada, de abordagem exploratória, tendo como coleta de dados um questionário do próprio sistema web, o qual foi aplicado com 20 estudantes beneficiários da assistência estudantil do IFTO/Campus Palmas. O feito permitiu materializar um sistema que classifica as vulnerabilidades e sistematiza as informações coletadas de modo a oferecer mapas de vulnerabilidades – relatórios – em diferentes situações desejadas pelo assistente social ou outros profissionais que venham fazer uso do sistema. Há de se considerar que a implantação e implementação de sistemas tecnológicos para a assistência estudantil, necessita agregar, fundamentalmente, o valor social em seus elementos constitutivos. Essa premissa, perpassa por identificar, em primeira medida, as condições humanas, os contextos físicos, materiais, subjetivos, psicológicos e familiares dos estudantes, para então ser possível organizar e sistematizar – metodologicamente - as ações e atividades pertinentes à assistência estudantil, que de longe restringem-se à concessão e ao quantitativo de estudantes beneficiários com auxílios financeiros. Lacunas em publicações sobre as múltiplas vulnerabilidades e a concepção crítica que precisam envolver a elaboração, a construção, a apropriação e o uso de soluções tecnológicas para visibilizar demandas e apoiar as práticas interventivas-profissionais, especialmente na área da educação pública, reverberam a contribuição do estudo - não somente do artefato tecnológico, que em si já traz contribuição efetiva – para as instituições escolares/acadêmicas, no sentido de melhor posicionar suas potencialidades e intervenções frente ao controle das desigualdades sociais (inerentes das relações humanas) que adentram esses ambientes pelas mais variadas formas e interações materiais e imateriais de seus estudantes – atomizadas em vulnerabilidades.