Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Helen |
Orientador(a): |
Silva, Gilberto Ferreira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário La Salle
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/682
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Resumo: |
Esta pesquisa apresenta um estudo sobre a percepção das professoras de crianças em situação de acolhimento institucional. Está vinculada à Linha de Pesquisa Formação de Professores, teorias e práticas educativas do Programa de Pós-graduação em Educação do Unilasalle. Os sujeitos desta pesquisa foram professoras do primeiro ciclo de alfabetização, das Escolas Estaduais do município de Porto Alegre/RS, que atendem, em sala de aula, crianças com idades entre 6 a 11 anos que se encontram acolhidas nos abrigos residenciais da FASC. Os dados foram colhidos a partir de observações e de entrevista semi-estruturada. Apresentamos o perfil dos docentes, a formação das respectivas professoras, as práticas pedagógicas utilizadas em sala de aula por elas, o que as professoras conhecem sobre a realidade das crianças acolhidas institucionalmente e como ocorrem as relações interpessoais no espaço escolar dialogando com os seguintes teóricos: Nóvoa (1995, 2009), Tardif (2002), Imbérnon (2010), Libâneo (2010), Yus (2002), Silva (2008), Cavalleiro (2006), entre outros. A pesquisa é qualitativa com análise de conteúdo conforme Bardin (1994). As professoras unanimemente relatam a ausência da família como principal fator do “fracasso escolar”, além da condição de acolhimento não garantir direitos relacionados à afetividade que permita favorecer um desenvolvimento de autoestima mais efetivo. Diante da fragilidade que as relações se estabelecem com as crianças acolhidas, muitas vezes perda da referência familiar, compartilhamento dos bens materiais, falta de individualidade e privacidade no olhar em suas necessidades subjetivas, o rendimento escolar torna-se prejudicado. Entendemos que os fatores que interferem no processo educacional de crianças acolhidas está relacionado à formação docente inicial e continuada, à lógica das professoras incumbidas do desafio da alfabetização, à falta de sociabilidade das crianças acolhidas com as demais pelas diferenças, à falta de diálogo entre as professoras e os educadores sociais, à desinformação docente em relação à realidade da criança institucionalizada ou à prevalência do senso comum enquanto fator norteador da prática do professor. O papel da escola é bem definido, mas na vida destas crianças ainda precisa de ajustes para que se cumpra plenamente, uma vez que as professoras não apresentam convicção em relação as suas funções com elas. |