Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fagundes, Rita |
Orientador(a): |
Filippin, Lidiane Isabel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
BR
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/3775
|
Resumo: |
A população mundial de idosos está crescendo consideravelmente e o processo de envelhecimento possui complexidade multifatorial. Trata-se de um período em que ocorrem alterações significativas no âmbito físico, cognitivo e mental. Por este motivo existe a necessidade de estudos que abarquem os diversos fatores favoráveis ao envelhecimento saudável, possibilitando desenvolver autonomia, independência e relacionamentos satisfatórios. No Brasil, em 2060, teremos 25% da população com mais de 60 anos. Diante desse contexto, essa dissertação teve por objetivo investigar a inteligência emocional e sua relação com a satisfação com a vida de idosos A pesquisa buscou responder o seguinte problema: A inteligência emocional se relaciona com a satisfação com a vida de idosos ativos? Realizamos um estudo transversal em idosos participantes dos grupos de convivência do SESC-RS. Para a realização da revisão bibliográfica foram utilizadas as bases SCIELO e PUBMED. Para a coleta de dados utilizamos a amostra de 910 idosos que frequentavam os grupos de Maturidade Ativa do SESC/RS. Foram utilizados a Escala de Inteligência Emocional de Wong e Law (WLEIS), a Escala de Satisfação com a Vida e o Questionário de Saúde Geral (QSG 12), e um questionário para levantamento dos dados sócio demográficos. Devido à pandemia de Covid 19, os dados foram coletados no formato online, via Google Forms. Foi realizada uma capacitação para os facilitadores dos grupos com o objetivo de orientação sobre o questionário. Para análise dos dados descrevemos as variáveis quantitativas por média e desvio padrão e as categóricas por frequências absolutas e relativas. Para comparar médias, usamos testes T-student ou Análise de Variância. Para avaliar a associação entre as escalas usamos o teste de Pearson. Foi realizada regressão linear multivariada para verificar a associação entre inteligência emocional, escolaridade, atividade física, idade e sexo e o nível de significância foi estabelecido em p<0,05 para todas as análises. A média de idade foi de 69,5 ±6,0 anos e a maioria dos participantes era do sexo feminino (95,5%). Dos participantes incluídos, 81,2% praticavam atividade física. Nossa hipótese inicial, de que a inteligência emocional está relacionada com a satisfação com a vida dos idosos, não foi confirmada. Por outro lado, encontramos uma associação entre atividade física, idade e escolaridade com o nível da Inteligência Emocional dos idosos. Os praticantes de atividade física apresentaram maior nível de Inteligência Emocional (62,9 ± 9,4 vs 59,9 ± 11,0; p=0,001). A prática de atividades físicas leva a um aumento de 2,69 (p = 0,001) pontos de inteligência emocional. Além disso, os indivíduos com maiores níveis de escolaridade apresentam maiores escores de inteligência emocional, assim como a frequência da atividade física. Portanto, a prática de atividade física parece estar associada à inteligência emocional. O produto técnico do mestrado foi uma palestra presencial para os idosos do SESC Gravataí que possibilitou uma reflexão acerca dos conteúdos emocionais que influenciam a vida cotidiana, bem estar e relacionamentos interpessoais. Foram apresentados os conteúdos que compõe as dimensões da inteligência emocional de forma que os idosos pudessem compreender como esses conceitos teóricos podem ser aplicados na prática. |