Percursos da tecnologia assistiva no contexto de educação inclusiva e a luta por reconhecimento das diferenças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Basegio, Antonio Carlos
Orientador(a): Conte, Elaine
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/625
Resumo: Considerando-se o fato dos múltiplos significados da Tecnologia Assistiva (TA) no contexto educacional é necessário reconhecer as inquietudes e os processos pelos quais percorrem esses estudos, que englobam o multiculturalismo, a heterogeneidade, articulação, mobilidade e metamorfose dos conhecimentos. A investigação está vinculada à linha de pesquisa Culturas, Linguagens e Tecnologias na Educação e ao Núcleo de Estudos sobre Tecnologias na Educação (NETE/UNILASALLE/CNPq) e objetiva dialogar sobre os conceitos e normativas políticas da TA, para a problematização das diferenças no debate contemporâneo, que sugerem relações inclusivas de reconhecimento do outro. Trata-se de um estudo de caso, que visa analisar a inserção da TA, a partir da dinâmica do trabalho pedagógico com a TA nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) de quatro escolas municipais de Canoas/RS, para entender as possíveis correlações com os processos de ensino, de aprendizagem e de inclusão social. Também busca caracterizar os tipos de tecnologias assistivas disponibilizadas nas SRM e o processo de utilização destes meios com o apoio de entrevistas realizadas aos participantes da pesquisa. Argumenta-se que os recursos empregados estão contribuindo para favorecer a aprendizagem dos alunos em atendimento, observando as convergências nos discursos manifestados pelos professores que desenvolvem suas práticas nas SRM, tendo em vista suas estratégias pedagógicas decorrentes da institucionalização que direciona o trabalho dos professores, juntamente com as exigências ideológicas e socioeconômicas do mundo administrado. Tudo indica que os dispositivos técnicos podem auxiliar o descentramento humano e promover novas maneiras de reconstrução de conhecimentos em interação com os objetos. Através do uso dos recursos da TA, as pessoas que apresentam deficiências têm a possibilidade de ampliar suas habilidades psicomotoras, de comunicação, de mobilidade e de aprendizagem, o que promove autonomia e novos desafios ao pensar as diferenças e os projetos comuns, cujas dificuldades não podem ser minimizadas. As críticas das vicissitudes quanto aos usos da TA na atualidade, ora como instrumento de salvação cultural ora de exclusão e dominação, acabam funcionando como mecanismos de adaptação e domesticação em falácias instituídas de inclusão social, esquecendo-se das suas reais tensões e enraizamentos que podem favorecer o avanço da discussão sobre o reconhecimento das diferenças, democratizando e melhorando a vida humana e a práxis educativa.