Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ivanilda Alexandre da Silva |
Orientador(a): |
Zanin, Rafael Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário La Salle
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano (PPGSDH)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/707
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Resumo: |
Os enfermeiros assistenciais, em sua maioria, exercem a profissão no ambiente hospitalar, cenário permeado pelo estresse proporcionado pelos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais. Acredita-se que há um aumento do estresse ocupacional relacionado a restruturação organizacional proposta por diversos hospitais. Nesta reorganização, insere-se o processo de acreditação hospitalar, com suas auditorias subsequentes. Tanto o processo para obtenção do certificado de acreditação quanto as auditorias de revalidação do certificado criam um período de sobrecarga importante de trabalho para a equipe de enfermagem, podendo aumentar o estresse ocupacional e ocultar os benefícios que a gestão de qualidade traz para a instituição como um todo. O objetivo deste estudo foi avaliar se há associação entre a auditoria de acreditação hospitalar e o nível de estresse entre os enfermeiros assistenciais de uma instituição hospitalar pública e universitária em Porto Alegre/RS. Trata-se de um estudo observacional, prospectivo e longitudinal. Os enfermeiros responderam a um questionário com questões sociodemográficas e aspectos positivos e negativos da acreditação hospitalar, além do Inventário de Estresse em Enfermeiros para avaliar o nível de estresse. A coleta de dados foi realizada em duas etapas: cinco meses antes da auditoria da acreditação hospitalar e imediatamente antes da auditoria. Na primeira etapa do estudo, os instrumentos para coleta de dados foram enviados por e-mail para 470 enfermeiros. Destes, 109 (23,2 %) responderam. Quanto à análise do Inventário de Estresse em Enfermagem (IEE), a média apresentada no escore foi de 123,2 ± 29,0. Baseado nesta média, 51 (46,8%) enfermeiros foram considerados como tendo um alto nível de estresse. Na segunda etapa do estudo, o questionário IEE foi enviado aos 109 enfermeiros que responderam na primeira etapa. Destes, 63 (57,8%) responderam. Nesta segunda fase da pesquisa, a média do IEE foi 125,0 ± 27,2. Não houve diferença estatística entre as duas etapas analisadas quanto à média do IEE (p = 0,68). Com relação aos fatores associados ao estresse, na análise multivariada, apenas o estado civil e ter destacado mais pontos negativos da acreditação mantiveram associação independente com o nível de estresse. Os enfermeiros que destacaram mais pontos negativos do que positivos com relação à acreditação hospitalar apresentaram 3,4 vezes mais chances de ter estresse alto do que os outros enfermeiros. O presente estudo mostrou que a acreditação hospitalar não está associada com o nível de estresse dos enfermeiros assistenciais. No entanto, sugere que o mais importante é a maneira como o enfermeiro entende o processo de acreditação, apresentando menor nível de estresse à medida que percebe mais aspectos positivos no processo. |