O impacto da contaminação aeroportuária em aves de rapina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Stocker, Julian
Orientador(a): Silva, Fernanda Rabaioli da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Avaliação de Impactos Ambientais (PPGAIA)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/1199
Resumo: As emissões de poluentes das atividades aeroportuárias representam uma importante fonte de contaminação ambiental que equivale ao impacto causado por muitas indústrias. Nesses locais há liberação de diferentes gases tóxicos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, nanopartículas, metais, entre outros compostos químicos que acabam contaminando o ar, o solo e a água. Aves de rapina são predadores de topo de cadeia, que podem bioacumular substâncias no organismo e são encontradas em ambientes aeroportuários. As aves são excelentes indicadoras de qualidade ambiental e importantes para o monitoramento de alterações antrópicas devido as suas características comportamentais. Assim, o presente estudo avaliou o potencial mutagênico e as alterações morfológicas em aves de rapina expostas à contaminação ambiental em área aeroportuária, através do teste de Micronúcleos e da medida da simetria bilateral das asas e dos tarsos, respectivamente. Este trabalho foi realizado nas dependências do Aeroporto Internacional Salgado Filho de Porto Alegre – RS e em criadouros particulares e zoológicos. Também foi realizada a quantificação de metais em células sanguíneas das aves coletadas. Um total de 32 indivíduos das espécies Falco peregrinus e Caracara plancus foram avaliados. As alterações nucleares totais constatadas demonstraram que os organismos expostos à contaminação aeroportuária apresentaram frequência maior de danos quando comparados aos organismos do grupo controle. Porém, esta diferença foi significativa apenas para o grupo dos carcarás. A análise dos elementos inorgânicos nas amostras de sangue dos falcões, realizadas através da análise de PIXE, apresentou concentração elevada de zinco. Nos indivíduos da espécie C. plancus, foi quantificado manganês e cromo apenas nos grupo exposto. A medida de simetria bilateral não revelou diferença significativa entre os grupos nas diferentes espécies. Portanto, a frequência alterada de micronúcleos e a presença de metais tóxicos, no sangue das aves amostradas, evidenciou o estresse genotóxico nos indivíduos que vivem em áreas de aviação civil.